Caderno Viva

Bastidores



A POLÍTICA...

segundo os dicionários, é a arte ou ciência de governar. Vivendo a política, sabe-se que ela,caprichosamente, coloca o praticante em constante oscilação, que lembra uma teimosa  gangorra: ora embaixo, ora em cima.

SEMPRE...

sob rigorosa fiscalização do povo, o político curte alguns aplausos e amarga uma infinidade de críticas, notadamente agora com tantos escândalos varrendo o país. E não faltam as lições desconcertantes,oriundas de situações cheias de surpresas.

A GRANDE...

vitória do grupo político que hoje está no comando da cidade, com controle absoluto da Prefeitura e Câmara Municipal, em que pese à experiência e jogo de cintura de alguns, abriga, também, algumas cabeças que se perdem na afoiteza. Como orbitam em torno do prefeito, se creem donos da situação.Alguém já disse que o poder é afrodisíaco.

NOS...

projetos do IPTU e aumento de salários, 13º e férias remuneradas (obsceno, na opinião de um jornalista de Rio Preto), a matemática dos vereadores focou na contagem dos votos, uma barbada, tendo em conta a maioria esmagadora das bancadas. Mas o que se viu após a aprovação foi uma revolta virulenta da população nas redes sociais, provocando coletiva, esclarecimentos e recuos da administração.

A PROPÓSITO...

o prefeito e os vereadores deveriam ler o artigo “A Cacofonia digital”, do cientista político e professor Heni Ozi Cukier, publicado na última edição da revista Veja. Para o autor, “As redes sociais on-line estão destruindo o espaço público de discussão, um elemento essencial para qualquer democracia”.

CONCORDEMOS...

ou não com o cientista, o fato é que o tiroteio virtual foi grande nos últimos dias, não circunscrito ao prefeito e vereadores. Um engenheiro e um secretário municipal trocaram farpas na polêmica dos aumentos do IPTU e ISSQN, cuja intensidade parece ter movido uma placa tectônica. O que acontecerá, então, quando o exército das “fake news” entrar em ação?

 

VOLTANDO...

ao artigo “A cacofonia digital”: “A forma como cada cidadão lida com as diferenças de opinião, que são endêmicas na vida política, é uma questão central. Como as decisões não são consensuais, o debate é contínuo, dinâmico e não pressupõe uma conclusão definitiva sobre as divergências políticas. Esse aspecto provisório contribui para que se mantenham abertas as possibilidades de diálogo e incentiva o exercício da prudência na discordância, essencial para o respeito mútuo e a tolerância”.

DA.

 juíza Tatiana Pereira Viana: “Pessoas públicas, em especial os políticos, vivem em meio a manifestações, tanto ao seu favor quanto contra. E os que não estiverem satisfeitos com as críticas, às vezes duras, que peçam para sair e toquem suas vidas na iniciativa privada. Todo aquele que exercita função ou atividade pública acaba por estar constantemente sob os olhos da população e, justamente em razão disto, sob o risco de críticas, boas ou ruins. Os que não quiserem se submeter, não deviam aceitar cargos com tal natureza”.

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Equipe A.C.G