Caderno Viva

Bastidores



A CALMARIA...

que marcou o período carnavalesco em Fernandópolis, em que pese a saudável tranquilidade, contrasta com o cotidiano das ruas de dias de trabalho onde o barulho é frequente, muitas vezes com desprezo à lei do silêncio. Motos e carros com escapamento aberto, propaganda volante, e, de vez quando, caminhões de som a todo volume, anunciando festas populares.

PASSAMOS...

o tríduo momesco - como escreviam os jornalistas barrocos - em branco, com a prefeitura em silêncio, quer dizer, não promovendo nenhum tipo de promoção carnavalesca, sequer um forrozinho, enquanto a região fervia com destaque para Votuporanga que vai se firmando como o melhor carnaval do interior.

NA...

hora do barulho, Fernandópolis faz silêncio, silêncio quebrado apenas pelos comentários sobre a grande folia regional. A TV mostrou até mesmo o carnaval de rua de pequenos municípios(Estrela D’oeste, por exemplo). Só nossa cidade não apareceu nas reportagens.

ALGUNS...

comerciantes de Fernandópolis, comemoram o faturamento, graças ao grande movimento impulsionado pelo Oba!, responsável pelo carnaval votuporanguense.  Como a rede hoteleira da vizinha cidade não consegue atender a demanda, os hotéis da região acomodam o excesso.

NÃO...

só a rede hoteleira. Quem esteve domingo, no shopping,pode observar a presença de muitos jovens que ali estiveram almoçando, depois de uma noite de muita festa. Postos de gasolina, farmácias e supermercados também faturaram com os turistas. (Cida Caran,do Diário da Região, escreveu: “Os proprietários de  hotéis, bares e restaurantes de Rio Preto, estão rindo à toa. Os hotéis, principalmente,estavam lotados durante o carnaval.Tudo por causa do festival OBA, que aconteceu em Votuporanga. Eram placas de ônibus de diversas partes do País”).

MUITAS...

famílias que não gostam de carnaval, foram para ranchos ou parques aquáticos da região. O Thermas dos Laranjais recebeu um dos maiores fluxos de turistas dos últimos tempos. O clube mudou o perfil econômico de Olímpia.

NO...

ritmo que vai, Fernandópolis caminha para transformar-se em uma cidade sem brilho, e, paradoxalmente barulhenta com som acima dos decibéis permitidos e os famigerados fogos de estampidos, saudando uma nova casa comercial ou rara conquista partidária. Vamos, aos poucos, relegando tradições,perdendo algumas posições de liderança, muita fofoca e  ambiente político com desempenho aquém das expectativas da população,atormentada com o aumento do IPTU.

TUDO...

isso vira convite à reflexão: é preciso uma reação urgente, devolver a autoestima aos munícipes, caso contrário vamos continuar lamuriando, quem sabe cantando a adaptação da letra do samba-enredo da Beija Flor - escola campeã do carnaval do Rio de Janeiro - que empolgou e provocou o público na terça-feira, na Sapucaí: “Oh pátria amada, (Oh Fernandópolis amada), por onde andarás?”.

 

 

Equipe A.C.G