Caderno Viva

Bastidores



SEMPRE...

os fernandopolenses sonharam com eleições, cujos resultados, não obstante o calor das disputas, fossem capaz de garantir um clima de entendimento entre vencedores e perdedores, com o pensamento de que, fechadas as urnas, fossem abertas as portas para o diálogo das alas políticas da cidade.

TAMBÉM...

sempre se torceu muito para que o prefeito eleito pudesse também “fazer” a Câmara, e assim, com maioria de vereadores, contar com a aprovação de todos os projetos. Para completar, que o partido do executivo local, fosse alinhado politicamente com o governador.

NO...

relacionamento prefeito-governador vivemos certa época, uma situação privilegiada: além do prefeito e governador do mesmo partido, tivemos um deputado federal e um presidente da República da mesma sigla partidária.

NÃO...

foi menor a figa dos fernandopolenses para que a cidade elegesse um deputado estadual. Nossas preces foram atendidas, pois além do estadual elegemos também um federal, que, juntos, dariam grande força às nossas demandas. Tudo bem? Nem tanto, conforme veremos linhas abaixo.

MESMO...

com prefeito, governador, deputado e presidente da República, em pleno entrosamento, não recebemos nenhum tipo de privilégio que realçasse a nossa primazia política. A grande conquista, certamente pelo perfil das lideranças, terá sido mesmo a paz que reinou durante alguns anos em Fernandópolis.

DOS...

deputados, embora se reconheça o esforço deles, a população reclama a entrega de mais resultados. A expectativa por um trabalho conjunto virou frustração. Eles estão rompidos e agem separadamente, o que provoca uma clima de intranqüilidade, com perseguição, acusações mútuas, rompimento de compromisso financeiro e político. Basta verificar as “dobradinhas”, na base do cada um por si.

O DOMÍNIO...

total do prefeito sobre a Câmara, se por um lado traz a garantia de aprovação de todos os projetos, impõe cegueira total à fiscalização dos atos do Executivo, função sagrada do Legislativo. O “amém” para construção da nova rodoviária e nova sede da prefeitura, à custa de empréstimos com juros, divide a opinião pública. Nenhum vereador ousou comentar a repercussão nacional (matéria do Fantástico) da medalha à secretária da Educação, paga com dinheiro público. A mesma medalha que recebeu o jumento. Corporativismo ou telhado de vidro?

UM CONVITE...

 à reflexão: eleição de 2016,  para  prefeito - André Pessuto: 15.980 votos; outros candidatos: 18.455 votos; abstenção/brancos/ nulos: 16.884 votos; porcentagem de quem votou em Pessuto: 31%; porcentagem de quem não votou nele: 69%. O poder de certa forma é tão inebriante que às vezes atropela o bom senso, sufoca a humildade, leva a crer que se pode tudo. Uma coisa é ter a maioria da Câmara; outra coisa é ter a maioria da população...

 

 

 

Equipe A.C.G