Caderno Viva

Bastidores



O AMBIENTE...

político que reina em Fernandópolis tem duas faces ocultas: uma delas, nem tanto, já que revela aparente tranqüilidade entre os poderes Executivo e Legislativo; outra, a indigesta briga dos deputados fernandopolenses, de conhecimento restrito.

NOS...

corredores que contornam a cena política há um clima pesado, com divisão clara dos grupos liderados pelos parlamentares eleitos com ajuda de votos fernandopolenses. A cada dia que passa as tensões se acentuam.

NO...

meio do tiroteio está o prefeito, que no começo de seu governo até que tentou a aproximação do federal ao estadual. Diante da missão impossível, barrado pelo radicalismo das forças do mal, rendeu-se e escolheu um lado.

O PREFEITO...

na opinião de íntimos da dupla, subestimou justamente aquele que o apoiou financeiramente na campanha de 2016, embora soubesse do combinado, ou seja, que as despesas da campanha municipal seriam divididas por dois, coisa que até hoje gera discussão feia. Como ninguém se atreve a testemunhar sobre o acordo, a solução vai ficando cada vez mais distante.

SE...

a coisa já estava cheirando mal, agora azedou de vez. O prefeito colocou a máquina municipal para trabalhar em favor de uma candidatura. Só? Não. Proibiu – e não tem outra palavra para explicar – outros adesivos. Sob tamanha pressão, assessores e funcionários vivem um constrangimento que remete ao passado que tanto infelicitou Fernandópolis.

ALGUNS...

mais apaixonados até gostam, quando essa nefasta briga política é lembrada nas conversas. Depois, com sangue nos olhos, vestem o figurino de guerreiro, falam em vingança e tratam irmãos fernandopolenses como inimigos, e não como adversários políticos.  

JÁ...

vimos esse filme, de enredo tão triste. No passado, enquanto dois poderosos grupos se digladiavam entre si, criando um clima irrespirável que afastava autoridades daqui, uma cidade vizinha extraiu do trágico quadro uma lição, sob o título “o que não se deve fazer na política”, e sepultou o radicalismo, para redirecionar o setor partidário. Avançaram, e nós ficamos para trás.

QUEM...

vestiu a camisa e pediu votos para a dobradinha fernandopolense, e ouvir a pregação de paz do prefeito, com discursos e faixa com frases de esperança de “união para sempre”, não esconde a frustração. Primeiro pela briga, que não devia existir, e segundo pela presença de paraquedista que abertamente trabalhou contra os interesses de Fernandópolis. Perguntem ao Pelarin.

 

 

Equipe A.C.G