SABE...
aquela lenda da “cabeça de burro enterrada” usada para expressar algo que não está dando certo? Só ela pode explicar a saga do projeto do Parque Empresarial VI de Fernandópolis. Como dizem popularmente: deve ter mesmo uma “cabeça de burro enterrada” naquela área.
A CRONOLOGIA...
do tempo desafia qualquer explicação plausível para o arrastado processo. No próximo mês de abril vai completar 12 anos da sessão da Câmara que autorizou o prefeito Luiz Vilar a adquirir a área de 10 alqueires à margem da Rodovia Euclides da Cunha, sentido Meridiano, pela bagatela de R$ 1,1 milhão.
DE...
lá para cá, o caso se transformou em um interminável dramalhão mexicano. A linha do tempo é implacável. Senão, vejamos: quatro anos depois da compra autorizada em 2010, o projeto avançou uma casa. Foi em setembro de 2014, quando a então prefeita Ana Bim assinou a escritura de compra da área.
EM...
2016, mais um passo. Ainda na gestão de Ana Bim foi aberta licitação para a via de acesso ao novo Distrito Empresarial com a verba liberada pelo governo do Estado. Em 2018, já no mandato de André Pessuto, a empreiteira, a Vilarinho, protocolou carta de desistência abandonando a obra inacabada.
SEGUE...
a saga do Distrito Empresarial. Entre trancos e barrancos, uma nota otimista da prefeitura em maio de 2018 previa para ainda naquele ano começar a distribuir áreas para instalação das primeiras empresas no novo Distrito Empresarial a ser entregue com a infraestrutura completa.
COM...
a infraestrutura sendo finalizada, mais um entrave: a pandemia e a demora na emissão do laudo da Cetesb. Cabeça de burro não foi encontrada no local, mas chegou-se a se falar em fóssil de dinossauro. Por fim, o desmembramento da área, última etapa do processo, esbarra no Cartório de Imóveis que devolveu o projeto com pedido de revisão.
O DRAMA...
é tamanho que o presidente da Câmara Gustavo Pinato chegou a pedir ao prefeito a contratação de empresa de engenharia especializada para “desenterrar o burro” do Distrito Empresarial VI de uma vez por todas e começar a distribuir os 40 lotes através de licitação para empresas interessadas.
O PROJETO...
de desenvolvimento industrial de Fernandópolis data da década de 70. Quando se olha para os primeiro Distrito Industrial e os que vieram a seguir (2, 3, 4 e 5) ainda com infraestrutura por terminar, não seria o VI que viria para romper com esse histórico de fracassos. Pelo menos, por enquanto...