BASTIDORES

BASTIDORES



PAZ...
política talvez seja o refrão mais proclamado na história de Fernandópolis. A ausência de paz sempre foi um atributo negativo do histórico político da cidade e a esse fator atribuído os muitos percalços da cidade ao longo de trajetória desde a fundação. 

A DISSÍDIA...
há quem diga, está no DNA de fundação de cidade desde antes da união entre as vilas divergentes Pereira e Brasilândia.  Essa discórdia percorreu décadas e levou Fernandópolis a ser uma das últimas cidades a reeleger um prefeito. E isso é recente, 2020. 
NOS...
últimos dias, prefeito e vice-prefeito, André Pessuto e Artur Silveira, foram eloquentes ao destacarem o momento “virtuoso” da cidade ao estado de paz reinante. Pessuto disse na Câmara na abertura do ano legislativo: “A harmonia entre os poderes fez a cidade avançar”. E fez um apelo para que essa condição prevaleça nos próximos dois anos.

JÁ...
o vice Artur Silveira, em entrevista que o leitor pode acessar no Observatório, faz menção ao grupo formado desde 2016 e que, segundo ele, tem garantido a estabilidade política com os ganhos administrativos que garantiram a quebra do tabu da reeleição.

CHAMOU...
a atenção a frase de Artur: “se o grupo permanecer unido faremos o novo prefeito. Se rachar, não sei”. É uma forma de alerta para evitar a tentação da divisão de tristes recordações do passado. Quantos projetos de poder foram construídos e se desmancharam feito castelos de areia por conta da “vaidade”. Na política, é mortal.

SE...
como projetam, conseguirem eleger o sucessor de Pessuto, esse grupo estará prestes a repetir o feito da vizinha do leste, Votuporanga, que de 2001 a 2016, foi administrada por dois prefeitos: Carlão Pignatari e Junior Marão. Esse grupo perdeu o time em 2016 com a eleição de Dado e tenta recuperar agora com Seba.

FERNANDÓPOLIS...
por seu turno, viveu período fragmentado tendo passado pelas mãos de seis prefeitos: Newton Camargo (2001/2002), Adilson Campos (2002/2004), Rui Okuma (2005/2006), Ana Bim (2006/2008), Luiz Vilar (2009/2012), Ana Bim (2013/2016), sempre com a ressalva da fatalidade da morte de dois prefeitos no cargo (Camargo e Okuma). 

ENFIM...
não há como fugir da realidade. O quadro que se desenha na política fernandopolense está posto: de um lado o grupo político no poder há seis anos, tentando administrar vaidades para evitar o racha que pode levar o projeto de poder ao fracasso. De outro, a oposição fragmentada e sem uma liderança colocada, que tem exatos 596 dias para se articular. Melhor tirar o pé do chão...

Equipe A.C.G