LÁ...
se vão 55 anos desde a realização da primeira Exposição Agropecuária e Industrial de Fernandópolis em 1968. Umbilicalmente atrelada a essa história está a Avenida Teotônio Vilela, nos primórdios, apenas uma estrada rural que saia da Brasilândia até chegar ao Distrito de Dulcelina. Por algum tempo, único acesso à Expo.
O TEMPO...
passou, a cidade distante avançou e novos bairros abraçaram o recinto do visionário Percy Waldir Semeghini. Mas, a velha estrada pouco mudou. É meia estrada e meia avenida. Ainda tem um trecho de chão batido, da Avenida Marginal Litério Grecco, no Trevo da Brasilândia, até a ponte do córrego da Aldeia.
APÓS...
mais de uma década no ostracismo, frequentando noticiário pouco republicano, como o escândalo da ponte que foi parar na Justiça e até virou CPI na Câmara, a estrada/avenida retornou ao noticiário esta semana. Com a ponte reconstruída, será rota alternativa para desafogar o trânsito na Avenida Augusto Cavalin nos horários de picos durante a Expo, como nos velhos tempos.
MAS...
é impressionante observar que, 55 anos depois, estamos ainda falando de uma via que passou por 13 administrações de 10 prefeitos diferentes, sem que ainda esteja concluída. Até mesmo o atual prefeito André Pessuto, em seu segundo mandato, não tem previsão de concluir a avenida. Diz que há projetos nos governos estadual e federal por verba e resta esperar.
IMPORTANTE...
lembrar que essa avenida faz parte do projeto do Anel Viário que faria o contorno de Fernandópolis, lançado em 2004 pelo saudoso prefeito Rui Okuma. Essa via nem se justifica mais pela Expo, mas por ser importante caminho para os novos bairros naquela região em expansão. É questão de mobilidade urbana.
ALIÁS...
o Anel Viário está no corolário de projetos empacados em Fernandópolis. O ex-prefeito Luiz Vilar chegou a anunciar início da obra de asfaltamento do primeiro trecho em 2009, conseguiu emplacar dois viadutos na duplicação da Euclides da Cunha, mas o projeto não saiu do papel e deve estar esquecido em alguma gaveta do Paço.
POR FIM...
não há como ficar impermeável ao urgente drama dos fernandopolenses que buscam diariamente por atendimento médico em Rio Preto, no AME ou Hospital de Base. O relato da jornalista Tatiana Gonçalves na reportagem do CIDADÃO no último final de semana, expõe uma situação desumana.
A IMAGEM...
de paciente deitado no chão aguardando ônibus impactou a todos. Cobra-se uma casa de apoio em Rio Preto nos moldes da que existe em Barretos. Afinal, segundo a própria secretaria de Saúde são 70 pessoas que diariamente sobem em ônibus pouco confortáveis para esse “turismo da saúde”. É preciso mais humanidade.