DESDE...
o último dia 4, quando o vereador Chamel teve a infeliz recaída e desafiou os princípios éticos e morais ao chamar a prefeita Ana Bim de jumenta e jumentinha, ofendendo, assim, a maior autoridade do município, a cidade não fala em outra coisa. Talvez o assunto tenha repercutido tanto, porque além de resvalar nos preceitos da educação e bom costume, evidenciou – mais uma vez - o quanto a maioria dos fernandopolenses é omissa.
FORA...
a denúncia protocolada pelo marido de Ana Bim, o médico Avenor, no Conselho de Ética da Câmara, esse Conselho precisa rever seus conceitos. Afinal, um de seus membros, o vereador Ademir de Almeida, além de sair mais cedo em quase todas as sessões, teve um atraso registrado de uma hora e vinte minutos na reunião da última segunda-feira, 17, quando seria decidido o “destino” do vereador Chamel. Ninguém se manifestou, oral ou por escrito, sobre o ato. Esse papel acabou ficando mesmo para a imprensa independente da cidade. Por outro lado, as entidades e associações voltadas e criadas exclusivamente para defender os interesses das as mulheres, ficaram mudas.
COMO...
o vereador André Pessuto, que não teria sido notificado da reunião, estava viajando e não participou da reunião de segunda-feira, e o colega Ademir de Almeida chegando atrasado, os membros presentes do CE, formado por Etore Baroni, Gustavo Pinato, Salvador de Castro, André e Ademir resolveram levar a decisão de acatar a denúncia de Avenor, que pedia a cassação de Chamel, para o plenário, na sessão de terça-feira, 18. Estranhamente, antes disso, os edis resolveram se reunir mais uma vez antes da sessão. O encontro do Conselho –anotem - teria ocorrido na prefeitura, terreno de total controle da prefeita Ana Bim. O que combinaram? Difícil saber, como o leitor constatará indo até ao final da Coluna.
O QUE...
talvez o leitor não saiba, é que a decisão de acatar a denúncia, que precisa de sete votos favoráveis, é um embate que vai muito além do que se pode ver a olhos nus e se torna pano de fundo para outra questão: a eleição da presidência da Câmara, que acontece em dezembro.
POR IRONIA...
do destino, três membros do Conselho de Ética são fortes candidatos a disputar o cargo: André Pessuto, Gustavo Pinato e Ademir de Almeida. O último citado, segundo consta, já teria, entre acordos políticos, desistido da concorrência.
DITO...
e feito. Como já se esperava, os vereadores, na sessão de terça-feira, 18, rejeitaram a denúncia protocolada por Avenor Bim, por unanimidade, e resolveram encaminhar a questão para o Conselho de Ética da Câmara para que providências sejam tomadas. Ao não aceitarem a denúncia do médico Avenor Bim, que pedia a cassação do vereador Chamel,pelas ofensas à esposa, prefeita Ana Bim, os vereadores deixam claro que a régua que mede o sentimento deles e o compromisso com o Código de Ética, é bem diferente da régua que mede a dor e o desejo de justiça da família Bim.
COMO...
foi unânime o entendimento da Câmara para rejeitar a denúncia do marido da prefeita, fica uma dúvida: considerando que Ana Bim, a mais prejudicada na história, é “patroa” de 6 dos 13 vereadores, a “saída honrosa” – ao que consta arquitetada por Maurilio Saves – teria o aval do executivo? Ana Bim teria se rendido ao argumento de que a cassação, em troca da pena acordada com a Câmara, via Comissão de Ética – advertência por escrito, e quem sabe, 30 dias de suspensão – seria o bastante para punir o vereador boca suja?
