COM...
os partidos acelerando o processo de busca de candidatos dispostos a enfrentar o veredicto das urnas, até porque o relógio do tempo não para (faltam pouco mais de 320 dias para o pleito de 6 de outubro de 2024), o TSE – Tribunal Superior Eleitoral – emitiu nota esta semana para alertar sobre prazos importantes.
ABRIL...
é um mês chave para os partidos e candidatos. Senão vejamos: para ser candidato, o eleitor precisa estar filiado a um partido político até 6 meses antes das eleições. E esse prazo se esgota no dia 6 de abril. Também nessa data fecha a “janela partidária” de 30 dias para os vereadores trocarem de partido sem risco de perder o mandato.
A FILIAÇÃO...
partidária é um processo que precisa ser acompanhado com lupa pelos partidos e pré-candidatos, tanto quanto o registro da candidatura. Não custa lembrar o episódio do padre Mário Faria que descobriu que não era candidato na véspera de uma eleição em Fernandópolis. Como diz o ditado: a Justiça não socorre aos que dormem. Sem filiação, não tem candidato.
DE ACORDO...
com o TSE, no Brasil são 15,8 milhões de eleitores (10,2%) filiados a uma das 30 siglas registradas (caiu para 29 esta semana com a fusão entre PTB e Patriotas que virou PRD – Partido da Renovação Democrática). Em Fernandópolis esse percentual é um pouco maior: 12,3%. São 6.228 eleitores filiados.
CHAMA...
a atenção um dado crucial disponibilizado pelo TSE. Os eleitores filiados pertencem à velha guarda. Os partidos não atraem os jovens. Vamos aos números de Fernandópolis: do total de 6.228 eleitores, a maioria (76,5%) está filiada a um partido há mais de 10 anos; 17,9% entre 5 e 10 anos; 7% de 1 a 5 anos.
CORROBORA...
este dado, a faixa etária dos filiados: 58% deles estão no grupo com idade entre 45 e 69 anos; 13,6% entre 35 e 44 anos; 6% entre 23 e 34 anos. E pasmem: apenas 19 eleitores filiados (0,3%) até agosto último têm idade entre 21 a 24 anos. O desastre se completa quando se verifica que em Fernandópolis apenas dois, isso mesmo, dois eleitores filiados têm idade entre 18 a 20 anos (0,03%).
ISSO...
significa que os jovens não estão conectados com os partidos políticos. Eduardo Grin, cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas tem uma explicação: “hoje, os jovens estão em busca de formas de participação mais adequadas aos seus ciclos geracionais, sem necessariamente se submeter a rigidez dos partidos”.
MAS...
ele reconhece que a filiação partidária dos jovens é importante para garantir o processo de renovação na política que passa pelos partidos. A estrutura hierárquica dos partidos, sempre dominados por “caciques”, é apontada como empecilho para os mais jovens que não aceitam se submeter a esse tipo de liderança. Essa equação precisa ser resolvida, e logo...