A TRIBUNA...
livre da Câmara foi criada por iniciativa do ex-vereador Titosi Uehara no início da década de 80 para dar voz ao cidadão fernandopolense. E, nessas quatro décadas não se tem notícia de prefeito, no exercício do mandato, ter requisitado esse expediente para falar aos vereadores. O prefeito André Pessuto quer esclarecer a polêmica da emenda do Hospital de Amor.
SERÁ...
um novo capítulo da treta entre ele e o vereador Murilo Jacob. As rusgas vêm de algum tempo, mas foi na noite de 12 de dezembro que o neto de Fernando Jacob fez discurso recheado de adjetivos e substantivos (“gestão corrupta”, “podre”, “bando de assassinos” entre outros) para denunciar o que chamou de manipulação de recurso de emenda parlamentar destinada ao HA.
O TROCO...
do prefeito veio por meio de nota em que lamentou a fala do vereador na tribuna “que se mostrou novamente estar desequilibrado pelas palavras ofensivas que atingem pessoas, pais, filhos e familiares. Mediante a forma covarde do vereador, vamos tomar todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis”. Resumo: a ponte para o diálogo foi queimada ali.
O RECESSO...
de verão do legislativo foi uma espécie de armistício entre os dois políticos. Murilo, que se proclama pré-candidato a prefeito, retornou às sessões este ano fazendo novas denúncias, mas usando termos mais moderados. O fato novo é o pedido assinado por Pessuto, o secretário da Saúde Ivan Veronesi e o gerente Daniel de Domênicis, citados na fala de Murilo, para uso da tribuna livre, pedido que será submetido ao plenário na terça-feira, 5.
NA TRIBUNA...
Pessuto sabe (já foi vereador e presidente do legislativo) que estará sujeito a questionamentos apenas se desejar. Do contrário, poderá usar o tempo aberto para fazer o esclarecimento sem ser interrompido ou questionado, a exemplo do que ocorreu quando foi convidado para falar na abertura do ano legislativo em 2023. Ou seja, Murilo Jacob apenas ouvirá o que o prefeito e assessores têm a dizer.
ALIÁS...
em recente entrevista na Rádio Difusora FM o prefeito falou da relação com o legislativo neste ano de eleições e deu ênfase a uma palavra: respeito. “É um ano de eleições e dentro da Câmara temos candidatos a prefeito e temos que respeitar o posicionamento de todos. Só espero que seja um relacionamento respeitoso. Da minha parte todos os vereadores podem esperar respeito e é o que espero de lá pra cá”, disse
NÃO...
sendo candidato a nada este ano, o prefeito André Pessuto esperava surfar em um mar de tranquilidade, inaugurando obras e caprichando para lustrar sua gestão inédita de dois mandatos. Ledo engano. Um experiente político da cidade lembra que o prefeito não é candidato, mas é um apoiador de peso. Logo, desgastá-lo é uma forma de equilibrar a disputa.
QUEM...
enfrenta o inferno astral político é o prefeito de Rio Preto Edinho Araújo. Esta semana, perdeu seu secretário de Saúde em meio à crise de gestão e viu a Justiça mandar a Câmara instalar a CPI das Terceirizadas (liminar cassada nesta sexta-feira pelo Tribunal de Justiça). No 16º ano de mandato de prefeito Edinho, que também não é candidato, sabe o peso do seu apoio na sucessão. Logo, vira o primeiro alvo na pré-disputa eleitoral.
