DESDE...
o fim da frente de trabalho em 2021, quando o prefeito André Pessuto assinou TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – com o Ministério Público do Trabalho, a prefeitura acumula fracassos nas tentativas de reposição de mão de obra para fazer rodar a máquina nos atendimentos mais comezinhos como, por exemplo, tapar buracos e limpar a cidade.
FOI...
uma sucessão de equívocos que contribuíram para formar a tempestade perfeita para o colapso da mão de obra na prefeitura. Acomodada por anos a fio com a frente de trabalho, uma mão de obra barata e de uso político, a prefeitura foi tirada de sua zona de conforto e não soube reagir para enfrentar o caos. Foi queimando etapas, uma após outra.
VAMOS...
por partes. Após o fiasco do processo seletivo, o Executivo recorreu à terceirização milionária, enquanto tocava a reforma administrativa, anunciada com a “bala de prata” para solução de todos os problemas. A terceirização de R$ 27 milhões chegou a sair do papel, mas não resistiu à queda de receitas. O facão rolou solto e voltamos ao status quo.
A REFORMA...
administrativa, chegou a ser enviada à Câmara em abril do ano passado. Após três anos de estudos, o calhamaço de mais de 500 páginas chegava para “atualizar e modernizar” a estrutura administrativa da maior empresa da cidade. Seria a base para o concurso. Como chuva de verão, o projeto teve estadia curta no legislativo. Foi retirado para ser destrinchado e não retornou. Como é ano político, deve mofar na gaveta.
SOBROU...
como alternativa lançar às pressas um concurso público. Mas, diz o ditado que a pressa é inimiga da perfeição e a Lei de Murphy (aquela que estabelece que se existe a possibilidade de algo dar errado, então dará errado) é implacável. Na corrida contra o tempo, aos trancos e barrancos, o concurso que atraiu 12 mil candidatos, andou até a semana passada.
NO OLHO...
do furacão em meio a denúncias que foram parar na Câmara e no Ministério Público, a revisão do gabarito oficial pela banca (Recrutamento Brasil) foi a gota d´água que fez o copo transbordar. Diante do caos iminente, o prefeito André Pessuto decidiu parar o jogo, chamar o VAR (Procuradoria Geral do Município) para tentar salvar o concurso de um impedimento iminente.
COMO...
não há mais espaço para erros. O remédio jurídico, seja para confirmar ou para cancelar o concurso, terá que ser perfeito para suportar os questionamentos que virão. Quando se fala em concurso público são milhares de sonhos em jogo. No caso em tela, foram 12 mil candidatos a um futuro com mais de estabilidade, numa disputa por 365 vagas diretas e o banco de reservas.
POR FIM...
fica a frase extraída do documento que os aprovados encaminharam à Câmara na última sessão quando pediram apoio dos vereadores pela confirmação do concurso: “trata-se da concretização de um projeto de vida, em que dedicamos tempo, esforço e recursos aos estudos para alcançar a aprovação. Agora, almejamos o direito de ocupar as vagas para as quais, fomos considerados aptos”.