BASTIDORES

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PUXADA...

de tapete é uma expressão metafórica muito utilizada no mundo corporativo e, claro, cai como uma luva no mundo da política. Onde tem ser humano, tem puxada de tapete.  Tão comum que, pode-se dizer, virou regra do jogo. O psicanalista Antonio Galvão classifica a puxada de tapete como movimento compulsivo com traços de virose que se espalha silenciosamente e que no mundo político é validado com naturalidade.

A PRIMEIRA...

puxada de tapete das eleições em Fernandópolis virou manchete no final de semana. A “vítima” da vez foi o vereador e então presidente do MDB João Paulo Cantarella. E olha que ele nem tinha esquentado o banco na presidência do partido, quando foi “empurrado” para fora da legenda por conta da pressão para “desanunciar” o acordo com o PL para disputa prefeitural.

48 HORAS...

foi o tempo que durou o acordo político. Uma espécie de voo da galinha. A partir do momento que o acordo PL e MDB foi selado para estarem juntos nas urnas em 6 de outubro, o mundo desabou sobre o vereador de primeiro mandato. Foram dois dias de pressão até que, faltando poucos minutos para terminar o prazo da janela, Cantarella jogou a toalha e decidiu abandonar o barco do MDB a tempo de se filiar no PL.

A PRESSÃO...

veio de cima para baixo, como a coluna já havia alertado no início do ano. O jogo bruto veio do PP (leia-se deputado Fausto Pinato) e colocou o MDB contra as cordas, ameaçando retirar o apoio ao pré-candidato Itamar Borges a prefeito de Rio Preto. Cantarella julgava que estava tudo certo com a cúpula estadual e nacional do partido (Baleia Rossi e Itamar) com quem estivera em Rio Preto uma semana antes. Ledo engano.

FOI...

com emoção até o último minuto, o fim do prazo da janela eleitoral para vereadores trocarem de partido. Temos agora uma câmara pulverizada. A maior bancada formada no Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolim é a do “eu sozinho”. São sete partidos com um único vereador (Avante, Novo, PSD, PL, Republicanos, Podemos e Mobiliza) e três (PRD, União Brasil e PP) com dois vereadores. Os grupos, oposição e situação, começam a se definir.

OS DEDOS...

das mãos já não são suficientes para contar os pré-candidatos a prefeito em Fernandópolis. A coluna juntou aqueles que circulam em listas pelas redes sociais: Flávia Resende (PRD), João Pedro Siqueira (Avante), Murilo Jacob (Novo), João Garcia Filho (Mobiliza), Henri Dias, Renato Colombano, Janaina Alves, Julio Camargo e Cida Pessoto (PP), Rodrigo Ortunho (Republicanos), Paulo Okuma e João Paulo Cantarella (PL), Artur Silveira (PSB), Adilson Campos, Sérgio Teixeira e Zé Horácio (PT), Ana Bim, Avenor Bim e Daniel Arroio (PSD).

GRANDE...

parte dos nomes lançados na pré-campanha busca se capitalizar no mercado político para valorizar o passe na negociação que já começa nos bastidores. Como dizia o locutor Osmar Santos em suas criações para as transmissões esportivas para definir momentos chave no jogo, “hora de ver quem tem garrafa vazia para vender”, de saber quem é quem. Vale também para o momento político.

COM...

tantos pretendentes, os palpiteiros de plantão já começam a jogar as fichas em quantos serão os candidatos à sucessão de André Pessuto que terão os nomes inseridos nas urnas eletrônicas. A estimativa clássica, mínimo de três e máximo de cinco candidatos, é a mais cotada. Mas, a decisão tem que até às 23h59 de 5 de agosto. Resta saber se haverá confiança para formação de um nome para cabeça de chapa. “Eu sozinho” pode trazer surpresa.

Equipe A.C.G