O LIMBO...
que existe na chamada pré-campanha já levou a primeira contenda para a Justiça Eleitoral em Fernandópolis. O PRD questionou o outdoor na Avenida da Expo com Rodrigo Ortunho e Tarcísio de Freitas. Ortunho, todos sabem, é pré-candidato a prefeito pelo “grupão” que está no poder há 8 anos. Oposição sentiu cheiro de campanha antecipada.
SEM...
regra específica, o juiz eleitoral Dr. Renato Soares não viu no outdoor prenúncio de campanha eleitoral, já que Ortunho é presidente do Republicanos, o governador é do mesmo partido e a mensagem era de felicitação à cidade pelo aniversário. A oposição mostra os dentes, incomodada com o Chefe de Gabinete estar em franca exibição pública, representando o chefe/prefeito em eventos
NO...
episódio do outdoor de Ortunho e Tarcísio, veio à tona o caso do outdoor de Bolsonaro e Tarcísio na pré-campanha de 2022. A Prefeitura alegando irregularidade mandou retirar o outdoor. Na época, o prefeito estava empenhado na candidatura do governador Rodrigo Garcia. Ironia da política, Tarcísio, agora governador, é abraçado pelo “grupão” e exposto em outdoor na mesma avenida.
CERTO...
é que o rigor que deve ser seguido e cumprido pelos candidatos durante a campanha eleitoral não se aplica aos pré-candidatos. Embora não haja regramento, os ministros do TSE durante o julgamento do senador Sérgio Moro, onde o caso da pré-campanha ganhou holofote, defenderam que pré-campanha não pode ser “terra de ninguém”. Mas, por hora, não há o que fazer.
EIS...
o problema. Esse regramento tem que partir do Congresso Nacional que está para votar o novo Código Eleitoral, mas o tema não está incluso. Como costuma dizer o jurista Torquato Jardim, que já foi ministro do TSE: toda norma eleitoral é definida por uma maioria transitória de parlamentares que busca garantir a eleição de uns e impedir a eleição de outros. Assim...
LEITOR...
assíduo da coluna e conhecedor profundo dos bastidores da política fernandopolense desde os tempos do zagaia, não se comoveu com o discurso do prefeito André Pessuto no 22 de Maio quando falou em perdão e pacificação da política. Para ele, o discurso é a chamada “vacina” para emparedar a oposição contra as críticas que tendem aumentar no período eleitoral. É como dizer, “eu quero a paz, eles querem guerra “.
COMO...
entre o discurso e prática sempre tem uma casca de banana, o leitor lembrou que Pessuto anda escorregando no verbo. A poucos dias de assumir a prefeitura em 2016, lascou um “carioca infeliz” para a então prefeita Ana Bim por conta da chamada geral de concursados. Com o ex-candidato a prefeito e agora companheiro de grupão Henri Dias, trocou “gentilezas” por conta dos “coqueirinhos” da Avenida Expedicionários. Chamou Dias de “velha política” e recebeu o troco “prefeito dodói”.
A MAIS...
recente treta foi no camarote da Expo no fim de semana, quando foi tirar satisfações com o pré-candidato a vereador Willian Alduino, atitude que incomodou até o seu staff. Ameaça com a espada do poder toda crítica que lhe fazem. O partido de Alduino, o PSD, até lançou nota de repúdio. Diante da repercussão negativa, o prefeito fez vídeo e ironizou a treta: “é ano eleitoral né... faz seis meses que venho sendo atacado pela suposta oposição”. Vai terminar o mandato e Pessuto não terá aprendido a conviver com oposição e a imprensa independente.