QUASE...
cinco bilhões de reais. Essa é a montanha de dinheiro que sairá dos “cofres da viúva”, para abastecer o conhecido Fundo Eleitoral com a finalidade de patrocinar a campanha de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nas eleições de outubro. É mais que o dobro do valor liberado em 2020.
ESSA...
dinheirama toda vai irrigar os cofres de 29 partidos políticos, conforme divulgou esta semana o Tribunal Superior Eleitoral. O rateio leva em conta o número de deputados federais e senadores eleitos pelas siglas na última eleição. PL e PT levam a maior fatia.
A JULGAR...
pela última eleição municipal os partidos devem concentrar os recursos nos grandes centros. Por aqui, serão moedas contadas. Em 2020, por exemplo, disputando a reeleição, André Pessuto recebeu R$ 250 mil do Fundo Eleitoral liderando uma coligação com cinco partidos.
MENOS...
ainda pingou para os candidatos de oposição. Henri Dias recebeu minguados R$ 20 mil do Fundo Eleitoral e Renato Colombano, R$ 50 mil. Ou seja, os candidatos precisaram contar com doações de pessoas físicas e enfiar a mão no bolso para custear a campanha. Pelo jeito, não será diferente este ano.
COM...
a política polarizada entre bolsonaristas e lulistas, PL (R$ 886 milhões) e PT (R$ 619 milhões) os dois partidos mais aquinhoados na divisão, vão centrar fogo em disputas de repercussão nacional, caso de São Paulo, por exemplo. As migalhas que sobrarem serão rateadas entre os candidatos do fundão.
MUDANÇA...
no regimento interno da Câmara voltou ao debate esta semana com duas propostas apresentadas pela mesa diretora. Uma delas, a que legalizava no regimento o acordo informal sobre o tempo de uso da tribuna (5 minutos) e criava o direito de resposta a vereador ofendido na sessão, foi vetada. Agora, o presidente diz que vai seguir o regimento ao pé da letra.
A OUTRA...
não teve jeito. Foi goela abaixo mesmo. Ninguém quis se expor em véspera de eleição e votar contra. A norma torna obrigatória a participação dos vereadores nas comissões e vai punir os “gazeteiros” com desconto nos salários a partir de 2025. Para um salário de R$ 9,8 mil, a falta vai representar uma mordida de R$ 330 no contracheque.
COM O...
regimento interno envelhecido, muitas das tentativas de atualização acabaram frustradas. Umas das excrescências mantidas é recesso de julho, que vem dos tempos que vereador não recebia salário. Bem remunerados, os vereadores insistem em manter as férias de inverno intocadas. Será esse o legado que deixarão para a próxima legislatura?