AH...
a política, é como nuvem, já ensinava o político mineiro Magalhães Pinto. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou. A parábola retrata bem a tragicomédia que virou o Partido Liberal em Fernandópolis, que andava tranquilo propagando ser uma nova opção para a velha política fernandopolense.
EM...
uma semana, os caciques do partido deram o chamado “cavalo de pau”. Na sexta-feira, 21, a turma do agro, ainda de pijama foi acordada com a notícia de que estava fora da direção do PL. No final da tarde, o PL estava sob nova direção: Marcus Chaer, provedor da Santa Casa, neo filiado, guindado ao posto de presidente com aval da família Bolsonaro, leia-se Eduardo Bolsonaro.
MAIS...
uma semana, cai a comissão provisória de Chaer e volta a comissão do agro. E agora, José? A 100 dias das eleições, o PL é uma incógnita, porque ninguém é capaz de cravar que a situação de hoje vigerá amanhã. Há uma disputa intestina dentro do PL estadual e nacional e no meio a família Bolsonaro, disposta a impor suas vontades.
ASSIM...
o leitor não se surpreenda se a coluna estiver desatualizada no momento da leitura. A história ainda não acabou. Aliás, em política, não existe ponto final, no máximo um ponto e vírgula. Enquanto a turma ejetada que voltou, fala em juntar os cacos do cristal quebrado para ver se cola, os ejetados de hoje, dizem que a semana que vem aí trará novidades.
A POLÍTICA...
fernandopolense guarda em seus anais episódios dessa estirpe em véspera de eleição. Quem não se lembra da lambança do PMDB, hoje MDB, que teve sua convenção anulada em 2012 com prejuízo abissal para a candidata a vereadora Maiza Rio. Ela saiu das urnas como a candidata mais votada (1.430 votos). Ganhou nas urnas, mas perdeu no tapetão da política.
EM...
2022 foi o Republicanos, hoje partido do governador e do candidato Rodrigo Ortunho, aliado do grupão do prefeito, quem protagonizou mudança de última hora. A ex-dirigente de ensino Adélia Menezes da Silva foi trocada pelo empresário Renato Colombano na disputa prefeitural. Decepcionada, ela e seu grupo abandonaram o barco e o candidato escolhido pelos “caciques” do partido teve que remar numa campanha quase solo, com apenas um partido coligado.
TRAIÇÃO...
esperteza, cochilada, política é coisa do capeta, seja lá o que for, isso tudo pertence ao mundo da política. O busílis da questão, que já tinha sido alertado pela coluna, é que interessa aos “caciques” manterem comissões provisórias nos municípios. Fica mais fácil manobrar os interesses políticos, muitas vezes inconfessáveis.
POR FIM...
espanta a sina do vereador João Paulo Cantarella. Após assumir o comando do MDB e anunciar coligação com o PL, viu a cúpula (Itamar Borges) desautorizar o acordo e determinar que o MDB estaria no grupão do prefeito. No último minuto, Cantarella trocou o MDB pelo PL, onde foi lançado pré-candidato a prefeito até o partido ser engolido por um tsunami. Provação ou aviso?