BASTIDORES

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QUANTO...

custa eleger prefeito em Fernandópolis? A divulgação pelo Tribunal Superior Eleitoral do teto de gastos para as eleições revelou que os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 1,1 milhão na campanha, mais que o dobro dos candidatos da vizinha Votuporanga (R$ 584 mil), o que levou espirituoso leitor a comentar: “enfim, Fernandópolis na frente!”

NA...

história das campanhas eleitorais de Fernandópolis, apenas um candidato declarou ter ultrapassado a linha do milhão no gasto em uma eleição. Foi Luiz Vilar em 2012, na campanha pela reeleição, quando declarou ao TSE ter gasto R$ 1,5 milhão. Essa cifra milionária, contudo, não garantiu a reeleição. Perdeu por 802 votos para Ana Bim, que declarou gastos de R$ 234 mil. 

ESSE...

“case” eleitoral mostra que investimento milionário não é garantia de eleição. No marketing empresarial usa-se o termo CAC – Custo de Aquisição do Cliente. No caso, aqui, o cliente é o eleitor que, curiosamente, é quem banca a campanha. Assim, como no privado, a estratégia é conquistar o coração do cliente. Na política não é diferente. O objetivo é conquistar aquele eleitor que não é torcedor de político.

VOLTANDO...

ao teto de gastos. Dados compilados do site do TSE mostram que em 2016, os candidatos Pessuto, Ana Bim, Ricardo Franco e Guilherme Vilarinho, poderiam gastar juntos até R$ 2,9 milhões. Somadas, as despesas ficaram na casa R$ 582 mil. Já na eleição da pandemia da Covid, em 2020, Pessuto, Henri Dias e Renato Colombano juntos gastaram R$ 652 mil, 25% do teto, de R$ 2,5 milhões.

O TICKET...

médio na captação de votos dos prefeitos eleitos desde 2004 acompanhou a inflação. Senão vejamos: Rui Okuma foi eleito prefeito em 2004 gastando por voto R$ 11,78; Vilar se elegeu em 2008 com ticket de R$ 14,99; Ana Bim em 2012 com R$ 15,77; Pessuto em 2016, R$19,65, e em 2020 de R$ 22,48. Se mantiver essa lógica, o ticket médio este ano deve ficar R$ 25,35.

A PERGUNTA...

do milhão: algum dos candidatos que estão se colocando na raia da disputa teria essa bolada, R$ 1,1 milhão, para investir na campanha? Como dinheiro é importante, mas não é garantia de eleição (vide Vilar em 2012), os candidatos terão que usar outras estratégias para ganhar o coração do eleitor que está mais experimentado. Só olhar os dados estatísticos e verificar que 72% do eleitorado tem mais de 35 anos.

É BOM...

revisitar os números das últimas duas eleições quando o total de abstenções, votos brancos e nulos superou a votação do prefeito eleito, fato nunca antes registrado em eleições por aqui. Pessuto saiu das urnas em 2016 com 15.980 votos. Abstenção, brancos e nulos somaram 16.884. Em 2020, na reeleição, o prefeito obteve 16.457. Os eleitores omissos foram 21.666.

RESPONDER...

a pergunta (por que tantos eleitores se omitem nas eleições?) parece ser o grande desafio para os candidatos que estão sendo sacramentados nas convenções partidárias. Quem atingir o coração desse eleitor refratário, certamente terá dado passo importante para assumir a cadeira preta no Paço Municipal em 1º de janeiro de 2025.

Equipe A.C.G