SOMOS...
69.680 habitantes, segundo a nova estimativa divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, 28. E quando se trata de população a grita é geral, porque no senso comum, a cidade sempre tem mais moradores do que apontam os censos e, por consequência, as estimativas que são divulgadas anualmente.
ARGUMENTOS...
para dar força aos protestos não faltam. Muitos lembram que a cidade ganhou novos bairros, com a evidente expansão de sua área urbana. Mais bairros, mais moradias e, por extensão, mais moradores, nem sempre retratados pelo censo do IBGE. Ou seja, há uma dicotomia entre expansão urbana e expansão populacional.
VAMOS...
lembrar do último censo realizado em 2010. Quando saiu o número de habitantes, a grita foi geral. O ufanismo fernandopolense não aceitava a população de 64.698 habitantes. Uns bradavam que passava de 70 mil, outros apostavam em 80 mil. Onde, então, estariam esses fernandopolenses não contados pelo IBGE?
MORADORES...
juram até hoje, de pés juntos, que não receberam a visita do recenseador, logo não foram contados. Na época, a prefeitura de Fernandópolis, preocupada com o reflexo no FPM – Fundo de Participação dos Municípios – chegou a propor um censo paralelo para mostrar que o IBGE errou na contagem dos moradores. Ficou apenas na intenção.
ELEITO...
prefeito, André Pessuto chegou a ir ao Rio de Janeiro (em 2017) na sede do IBGE para questionar os números e pedir recontagem da população. Saiu de lá com a informação de que essa atualização só ocorreria no novo censo demográfico inicialmente previsto para 2020, depois 2021 e agora em 2022.
ENQUANTO...
o novo censo não sai do papel, as populações dos municípios vão sendo estimadas anualmente por um procedimento matemático resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos e baseada na tendência de crescimento dos municípios, olhando o cenário dos censos de 2000 e 2010.
UM...
dos fatores para estimativa da população de uma cidade é o saldo da migração, um problema para Fernandópolis apontado em recente estudo da Fundação Seade. Apesar do município não se distanciar dos níveis de fecundidade e de mortalidade do conjunto da população paulista, a sua taxa líquida de migração foi negativa nas últimas décadas, diz o estudo.
FERNANDÓPOLIS...
não atrai novos moradores e, ao contrário, vê muitos dos jovens recém formados e com diploma universitário deixarem a cidade em busca de oportunidades que não encontram aqui. Esse mesmo estudo da Fundação Seade aponta para uma outra realidade que vamos enfrentar nos próximos anos: o encolhimento da população, que está envelhecendo.
