CARLÃO...
Pignatari (PSDB) deverá ser eleito na segunda-feira, 15, novo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Nos últimos dois anos, ele foi líder do governo Dória e nos corredores do Palácio dos Bandeirantes, desde o ano passado, já é chamado de “presidente”, tamanha a confiança que existe de que a fatura está liquidada.
ARTICULADA...
pelo neo rio-pretense Itamar Borges (MDB) a eleição de segunda-feira, dizem, é apenas homologatória. Mas, assim como no futebol, a política também está sempre a reservar espaço para zebras. Por isso, Pignatari evita qualquer atitude que alimente o clima de “já ganhou”.
EM OUTROS...
tempos, a eleição de Pignatari para presidente da Assembleia Legislativa provocaria calafrios nos fernandopolenses. Agora mesmo, o simples anuncio do governador de instalar um Hospital de Campanha no Lucy Montoro, foi suficiente para ressurgir nas redes sociais a teoria de que se tratava de mais uma campanha conspiratória de Pignatari, para levar essa unidade para Votuporanga.
OS FATOS...
que chegaram a colocar Carlão como “persona non grata” em Fernandópolis podem ser levantados na internet. Quem não se lembra do caso da DRADS, cuja sede é em Fernandópolis, quando a sobrinha do então deputado Gilmar Gimenes, Flávia Rezende, foi guilhotinada e substituída por indicada do deputado votuporanguense. Carlão, na fala do juiz Evandro Pelarin, quase melou a ascensão de Fernandópolis à Entrância Final (classificação administrativa das comarcas), entre outros. Ele sempre negou essa intervenção. Mas ficou com a fama...
CARLÃO...
aos poucos está conseguindo quebrar a imagem de “conspirador contra Fernandópolis”. Na última eleição em 2018, por exemplo, ele conseguiu aumentar em 67% sua votação aqui na cidade, saindo de 866 votos em 2014 para 1.454 na seguinte, atrás apenas de Analice Fernandes, Janaina Paschoal e Itamar Borges.
ESSE...
honroso 4º lugar na classificação do voto ocorreu após uma coligação com o deputado federal fernandopolense Fausto Pinato, com quem também andou às turras.
COMO...
na política não existe pacto de sangue que dure para sempre, as eleições de 2022 irão mostrar se esse cenário construído a partir de 2018 vai se sustentar. E isso passa exatamente pela conduta de Pignatari no comando da Alesp, onde chegou graças a lealdade canina ao governador João Dória, quando ocupou o posto de líder do governo.
ALÇADO...
ao topo da política paulista, Carlão estará na vitrine, para o bem ou para mal, num momento político sensível em que as disputas eleitorais de 2022 já foram antecipadas em meio a uma carnificina mortal provocada pelo pandemia do coronavírus. Será hora de mostrar se já tem couro grosso para a batalha que vem por aí.
