BASTIDORES

BASTIDORES: UPA



FECHAR...
ou não fechar a UPA, eis a questão. Um requerimento do presidente da Câmara Gustavo Pinato (DEM) reascendeu nesta semana a polêmica sobre a Unidade de Pronto Atendimento de Fernandópolis que não é de hoje. Em 2017, foi tema desta coluna, quando o prefeito André Pessuto (no primeiro ano de mandato) anunciou que fecharia a unidade por conta do alto custo, na época de R$ 500 mil por mês.
MAS...
uma busca nos arquivos do CIDADÃO, verifica-se que a polêmica vem desde a votação do projeto para o convênio, ainda na gestão Vilar. É lá que encontraremos a celebre frase do vereador Étore Baroni ao votar contra o projeto: “É um presente de grego do governo federal”.
DA INAUGURAÇÃO...
até hoje, cinco anos se passaram, mas o assunto, vira e mexe, volta ao noticiário. A inauguração ocorreu no final de mandato de Ana Bim, em 2016, sem dispor, por exemplo, do serviço de raio-X. Foi preciso colocar um veículo para levar pacientes necessitando de exame até a Santa Casa e retornar para concluir o atendimento na UPA. Até hoje, exames laboratoriais cumprem essa rotina.
PESSUTO...
assumiu em 2017 e chegou a anunciar que fecharia a UPA, mas recuou diante da repercussão negativa. Chegou-se a montar na cidade um movimento  pela UPA aberta. Foi quando o serviço de raio-X terceirizado passou a funcionar, o que amenizou a deficiência de atendimento.
EM MEIO...
ao colapso da saúde em março e abril por conta da pandemia da Covid-19, a UPA precisou, de uma hora para outra, virar um hospital para socorrer quem precisava de atendimento. Chegou a ter 30 pacientes intubados em leitos improvisados de UTI, devido a emergência.
O PRESIDENTE...
da Câmara pediu ao Executivo, via requerimento, informações sobre os custos atuais da UPA. Se espantou com a informação: R$ 733.111,69, custo relativo ao mês de março. Agora Gustavo quer saber da Santa Casa o custo para retomar a gestão do pronto-socorro, como era antes da UPA. Valores em tempo de pandemia e em tempos normais.
DESCONFIA..
o vereador que a UPA custe muito caro ao município por um serviço que não é completo. A partir da resposta, Gustavo quer aferir se, de fato, a UPA foi um presente de grego e, se for o caso, estudar como se livrar desse “cavalo de Tróia”, até porque o governo federal investiu e investe na UPA. Entende o presidente que investir na Santa Casa, que tem estrutura completa para atendimentos de baixa, média e até alta complexidade, é o melhor remédio.
POR FIM...
é necessário jogar luz na discussão até porque o fechamento da UPA envolve não apenas o custo financeiro de mais de R$ 2 milhões, mas também custo político. A partir dessa nova rodada de discussão levantada pelo presidente da Câmara é momento para se colocar os pingos nos is e enterrar o assunto, de uma forma ou de outra. Não pode virar dramalhão mexicano...

Equipe A.C.G