A divulgação pelo Cadip – Centro de Atendimento a Doenças Infectocontagiosas – de que em 2023 foram detectados 120 novos casos de hanseníase não surpreendeu o médico infectologista Márcio Gaggini que é membro da Sociedade Brasileira Brasileira de Hansenologia e especialista no assunto. Ele está no Cadip desde sua criação em 2001.
“Eu ficaria preocupado se a gente não detectasse casos, porque isso significaria subnotificação e que as pessoas só chegariam para o atendimento médico com sequelas pela doença”, disse.
Segundo o médico, os 120 casos novos de hanseníase registrados em 2023 mostram que Fernandópolis tem uma ação efetiva de busca ativa que possibilita o tratamento precoce e evitar sequelas.
Desde 2019, Fernandópolis desenvolve programa de treinamento das equipes das UBSs para a detecção precoce de casos e busca ativa. Esse trabalho foi referência para o Ministério da Saúde. Com a pandemia da Covid, o trabalho de busca ativa para casos de hanseníase precisou ser suspenso por conta da emergência médica. Foram retomados em 2022 o que explica o aumento de casos em 2023. “Ainda nos próximos dois anos teremos muitos casos, mas em poucos anos, teremos a hanseníase sob controle por conta desse trabalho que Fernandópolis faz de busca ativa”, enfatizou.
Além de treinar as equipes de Saúde em Fernandópolis, o médico também já participou do treinamento de equipes de saúde de 18 cidades da região.
Em entrevista para a Rádio Difusora FM e CIDADÃOnet, o médico falou da doença e procurou desmistificar a hanseníase. Acompanhe e conheça todo o trabalho que o Cadip realiza para detecção precoce e tratamento da hanseníase: