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Dia do Expedicionário: a história que deu nome à principal avenida de Fernandópolis



Dia do Expedicionário: a história que deu nome à principal avenida de Fernandópolis

Amanhã, 5, será celebrado o Dia do Expedicionário, data em homenagem a Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, que foi a força militar brasileira de 25.334 homens que lutou ao lado dos Aliados na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. 

O destacamento adotou como lema “A cobra está fumando”, em alusão ao que se dizia à época que era “mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”. A importância da participação dos “pracinhas” brasileiros nas operações militares em território italiano – especialmente na tomada de Monte Castelo – rendeu aos soldados a aura de heróis.
 Entre as muitas homenagens prestadas ao final do conflito, a principal artéria da cidade de Fernandópolis receberia, em 30 de junho de 1961, o nome de “Avenida dos Expedicionários Brasileiros”.
 Essa avenida, até hoje, é a mais movimentada da cidade: afinal, é através dela que chega o fluxo de visitantes que aportam a Fernandópolis pela Rodovia Euclides da Cunha ou de cidades como Macedônia e Mira Estrela, via Rodovia Antônio Faria. É, também, a ligação com o Shopping Center, o clube Casa de Portugal e a Avenida Augusto Cavalin, que demanda ao Parque de Exposições, bem como à Afonso Cáfaro, que leva à Santa Casa referência de mais de 20 municípios. 
Nessa via, de exatos 2,9 quilômetros, foram instaladas empresas importantes para a economia do município, como a pioneira Verdiesel a “Cobral” e o lendário Frigorífico Vale do Rio Grande, cuja pujança econômico-financeira era tão grande que elevou a arrecadação tributária de Fernandópolis a patamares muito mais elevados do que os das cidades vizinhas. Isso, infelizmente, foi em outros tempos. 
Mas ainda hoje a Expedicionários é centro financeiro da cidade. Ao todo, ali existem 191 pontos comerciais, entre prestadores de serviços, restaurantes e comércio variado, além dos consultórios médicos e farmácias. 
O setor predominante é o de automóveis, tanto em reparos e manutenção quanto na área de vendas. Ao longo de sua extensão, a avenida comporta duas concessionárias, dez garagens de veículos seminovos e 20 prestadoras de serviços que vão desde a venda de peças e assessórios automotivos ao alinhamento e balanceamento. 
Outro setor forte na avenida é o de postos de combustíveis. São cinco ao todo, divididos em pontos estratégicos da via pública. A avenida abriga ainda três grandes agências bancárias – Caixa, Sicredi e Itaú -, além de ser um importante polo de saúde abrigando o Hospital das Clínicas, um dos maiores hospitais particulares da região, e outras oito clínicas e consultórios odontológicos. 
Já a vida noturna se mostra ainda mais agitada. De segunda a segunda, é possível encontrar lugares agradáveis para passar boas horas ao lado da família e amigos. Dizer que à noite a Expedicionários Brasileiros se transforma em ponto de referência gastronômico da região não é exagero. Em toda sua extensão é possível encontrar os mais variados pratos para os diferentes gostos e paladares, inclusive com duas das maiores franquias de fast food do mundo instaladas – SubWay e Mc Donald’s. Um Boulevard também está sendo construído e irá valorizar ainda mais a região. 
Ao longo destes quase 59 anos houve pelo menos duas tentativas de mudar o nome da avenida, sem sucesso. Até que, no mandato do ex-prefeito Armando Farinazzo (1997-2000), a Câmara aprovou um projeto de Lei que proíbe a mudança de nomes de logradouros públicos em Fernandópolis.

 

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