O governo de São Paulo transferiu nesta semana R$ 180 milhões às escolas estaduais e diretorias regionais de ensino por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola. Aliás é um programa criado pelo governo federal em 1995. O recurso, no caso da rede estadual, é enviado diretamente para a conta da APM – Associação de Pais e Mestres – da unidade escolar.
O objetivo do programa é dar autonomia para que a direção da escola, juntamente com a APM, baseado na sua realidade, possa investir em manutenção, reparos e adquirir materiais de uso cotidiano de alunos e professores.
Por que a prefeitura de Fernandópolis não adota esse mesmo sistema para agilizar a manutenção e conservação das escolas municipais? Tem algum impedimento legal ou falta vontade política?
As perguntas são pertinentes porque a rede municipal, que conta hoje com cerca 30 escolas, entre Cemeis e Emefs, é refém de uma burocracia para trocar até uma torneira ou consertar um aparelho de ar condicionado, ou seja, executar ações para conservação do espaço escolar. Essas escolas precisam entrar numa fila para ter atendimento básico, como receber a equipe de limpeza. Sem pernas para atender a demanda, a prefeitura só chega na escola quando a situação já é caótica. Fica mais caro e acarreta prejuízos para a atividade escolar.
Logo que assumiu o cargo em março, o gerente do Almoxarifado Álvaro Zonta disse ter ficado impressionado ao chegar em uma escola e perceber que a área de lazer estava tomada pelo mato, sem que as crianças pudessem utilizar o espaço havia meses. A prefeitura dá autonomia à escola e cobra resultados. Mais simples e menos burocrático. Fica a dica para o próximo prefeito...
BATE PRONTO
- SESSÃO EXTRA – A Câmara que está em recesso durante todo o mês de julho, poderá ser chamada a interromper as férias para votar um projeto de suplementação de verba de R$ 4,8 milhões que foi protocolado nesta sexta-feira no Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolim. O dinheiro é para a Saúde para custeio da folha de pagamento de servidores referente aos meses de agosto e setembro (despesas com vencimentos e vantagens fixas do Pessoal Civil) e custeio de despesas com serviços terceirizados, com recursos provenientes de repasses do Fundo Nacional de Saúde. Logo é urgente...
- DE OLHO – O prefeito André Pessuto está de olho também na tramitação de outro projeto, o que autoriza a alienação de imóveis públicos. São sete terrenos na área do antigo Núcleo da Cesp. A Prefeitura quer vender essas áreas para reforçar o caixa municipal que está no vermelho. Os terrenos foram avaliados em R$ 1,9 milhão. Na justificativa do projeto, o prefeito cita que “a desafetaçâo e alienação de imóveis municipais representam instrumentos cruciais para a maximização dos recursos municipais, permitindo que bens subutilizados ou em desuso sejam aproveitados de forma mais produtiva. A alienação de imóveis contribui para o desenvolvimento urbano, atendendo demandas habitacionais e comerciais”.
FOTO DA SEMANA
Cansado de ver a vizinhança amontoar lixo na esquina da sua casa a espera da coleta, um morador do Jardim do Trevo, zona norte da cidade, foi radical. Mandou confeccionar uma placa informando ser proibido jogar lixo no local. E finaliza com um recado direto aos vizinhos folgados: “Jogue na frente da sua casa”.
POSITIVO
A notícia de retomada da obra de duplicação de treco da rodovia vicinal Carlos Gandolfi, que estava paralisada desde novembro do ano passado por divergência no projeto que gerou um aditivo. A conclusão do trecho de 2,2 km é crucial para a segurança dos estudantes da Universidade Brasil que já deveria estar pronta. Além da duplicação, o trecho ganhará ciclovia e iluminação pública com instalação de 140 luminárias de LED 150 watts, seis transformadores, extensão da rede de baixa e média tensão, totalizando um investimento de mais de R$1 milhão realizado por meio da CIP – Contribuição de Iluminação Pública, ou seja, bancada pela população.
NEGATIVO
A classe política, em Fernandópolis ou em Brasília, resolve seus problemas sem muitas delongas. Se aqui em Fernandópolis os vereadores aprovaram no início do ano passado os novos salários de vereadores, prefeito, vice e agentes políticos em meio a uma sessão extraordinária sem alarde, na quinta-feira, foram os deputados federais que rapidamente resolveram a aprovação de uma PEC para anistiar os partidos políticos de multas que, segundo cálculos, chega a R$ 23 bilhões. No caso, a proposta uniu legendas que vão do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A causa, no caso, une os antagonistas. Agora a proposta vai para o Senado.