Caderno Viva

Direto da redação



Direto da redação

Desde a morte de Rui Okuma em 2006, quando completava o primeiro ano de seu mandato na Prefeitura de Fernandópolis, o nome de seu irmão, o empresário Paulo Okuma virou um mantra na política de Fernandópolis. E por dois motivos: seu espírito de liderança e pelo fato de ser a pessoa que teria condições de resgatar o projeto de governo de Rui que se perdeu com sua morte.

Por isso, em todas as eleições o nome de Paulo Okuma emerge naturalmente em todas as articulações e, eleição após eleição, ele é pressionado a sair candidato. Foi assim em 2008, repetiu-se em 2012 e, como não poderia ser diferente, voltou à baila este ano. O empresário mantém o discurso. Este ano ele inovou e aproveitou a solenidade de formatura na Etec, na quarta-feira, 6, para quebrar o gelo. Ontem pela manhã, ainda em sua fazenda, Paulinho falou com a coluna e repetiu o que disse na Etec. “Não sou candidato, o PSDB sabe disso. Quem se propõe a cuidar de uma cidade tem que fazer bem feito. Hoje não teria como cuidar, nem de uma coisa (a empresa), nem de outra (a cidade)”. Apesar da relutância, que embute também uma posição  contrária da família, Paulinho admite no futuro rever a posição e resgatar o projeto de Rui Okuma. Por enquanto, garante que vai apoiar o candidato do PSDB ou o que vier a ser definido em coligação. Aliás o PSDB ferveu esta semana com a pré-candidatura de Carlos Cabral (leia a coluna Bastidores, ao lado).

 

Bate pronto

O deputado federal Fausto Pinato  de Fernandópolis não perdeu tempo. Bastou Eduardo Cunha renunciar a presidência da Câmara, abrindo a oportunidade para nova eleição de presidente na Câmara dos Deputados, para ele se antecipar aos demais 512 parlamentares e ser o primeiro a registrar sua candidatura à sucessão de Cunha/Maranhão. O jornal “Estadão” tratou Pinato como “desafeto de Cunha”.  A eleição será quinta-feira, dia 14.

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, manifestou grande preocupação em relação à legislação eleitoral  que encurtou os prazos para registros de candidatos. Mendes disse que pode ocorrer de candidatos disputarem o pleito com registro provisório e que o resultado das urnas pode ser alterado. Uma complicação daquelas. Vide o que ocorreu na eleição de Fernandópolis em 2012, quando mais de 7 mil fernandopolenses viram o voto virar pó, após a eleição.

 

Mudança no comando das Companhias da Polícia Militar de Fernandópolis e Jales. Assumiu o comando da 1ª Cia em Fernandópolis o capitão Kenji Takebe Junior que veio de Jales. Já a 3ª Cia de Jales, recebeu o fernandopolense, capitão Rudnei Dutra Hernandes. Ambos já estão despachando em suas respectivas áreas. As duas companhias são subordinadas ao 16º Batalhão da Polícia Militar do Interior sediado em Fernandópolis.

 

23 candidatos “Chapa Branca” 

As últimas eleições tem comprovado o sucesso nas urnas dos chamados candidatos “chapa branca”, como são conhecidos os servidores municipais. Basta olhar para o atual legislativo e verificar que dos 13 vereadores, seis são servidores municipais: Neide Garcia, Étore Baroni, Gilberto Vian, Arnaldo Pussoli , Salvador de Castro e Humberto Machado. Os atuais servidores/vereadores vão ter que disputar o voto com quase duas dezenas de outros servidores que decidiram se lançar na peleja pelo voto. Segundo levantamento da Prefeitura, a pedido do CIDADÃO, 23 funcionários  vão concorrer a eleição municipal, sendo 19 efetivos. Eles cumpriram a legislação eleitoral que obriga a desincompatibilização dos cargos com três meses de antecedência das eleições, mesmo sem terem sido ainda homologados nas convenções de seus respectivos partidos.

Claudemir Cabreira

Jornalista.