A Emenda Constitucional nº 97/2017 que estabeleceu o fim das coligações partidárias nas eleições para cargos proporcionais a partir das eleições municipais de 2020, vai garantir mais espaço para as mulheres nas eleições. Isso porque, se antes o cumprimento da cota de gênero de 30% para as candidaturas se aplicava à coligação como um todo, agora ela se aplica a cada partido, individualmente.
Direto da Redação: Maioria no eleitorado, mulheres ocupam espaço mínimo na política
Outra consequência do fim das coligações nas eleições proporcionais deverá ser na redução da possibilidade de ocorrência das chamadas candidaturas laranja que muito se ouviu falar nas eleições de 2018.
Essa fraude ocorre quando mulheres são indicadas como candidatas pelos partidos políticos apenas para cumprir a cota de 30%, sem receber, de fato, os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) a que têm direito e sem fazer campanha ou mesmo obter votos.
Para as Eleições Municipais de 2020, a expectativa é que surjam mais candidaturas viáveis de mulheres e, da mesma forma, aumente o número de mandatárias eleitas nas 5.568 câmaras de vereadores que terão seus representantes renovados em novembro.
Na atual Câmara de Fernandópolis, as mulheres ocupam três das 13 cadeiras. A bancada feminina é representada pelas veteranas Neide Garcia e Maiza Rio e por Janaina Andrade, de primeiro mandato. Representação pequena na proporção do eleitorado, onde as mulheres são maioria, 53%.
Outra mudança que poderá fazer diferença nas eleições é a do número de candidatos a vereador que poderão ser lançados. A nova legislação estabelece que cada partido poderá lançar até 150% do número de vagas existentes na Câmara Municipal de cada cidade. No caso de Fernandópolis, cada partido poderá lançar até 20 candidatos e, desses, seis devem ser mulheres.
Resumo: as mulheres são maioria no eleitorado, mas continuarão ocupando espaço mínimo na política.
Bate Pronto
SERVIDORES/CANDIDATOS - Fechado o prazo para desincompatibilização, a prefeitura divulgou na segunda-feira, 17, que 22 servidores públicos efetivos pediram afastamento, a chamada “licença para o desempenho de atividades políticas” para poderem disputar as eleições. Entre os licenciados servidores de diferentes funções (de motorista, pedreiro, coveiro, técnico de enfermagem, etc). Nenhum servidor de cargo comissionado pediu exoneração. Da lista anunciada de 22 servidores, 14 são homens e 8 mulheres.
VEREADORES/CANDIDATOS - A Câmara de Fernandópolis tem hoje uma poderosa bancada formada por servidores públicos. São sete vereadores, entre servidores da ativa Mileno Tonissi, Salvador de Castro, Gilberto Vian, Janaina Andrade Alves e Antonio Carlos Finoto, e os aposentados, como Neide Garcia e Étore Baroni. Neide não será candidata, mas indicou o filho João Luiz Garcia Gomes Filho que também é servidor. Os atuais vereadores terão 16 candidatos disputando voto do servidor.
DESINCOMPATIBILIZOU – O ex-vice prefeito de Fernandópolis José Carlos Zambon volta à cena política. Filiado no PSDB, ele confirmou ter se afastado do cargo no governo estadual e está apto a disputar a eleição. A princípio, anuncia disposição de se candidatar a vereador, posto que já ocupou no início da carreira política, por dois mandatos. Sobre a possibilidade de disputar outro cargo, afirmou: “Política é como nuvem”.
REUNIÃO PETISTA – O PT, que é o único partido com Diretório formado em Fernandópolis, tinha reunião programada para a noite desta sexta-feira, para decidir detalhes sobre sua participação nas eleições, leia-se, chapa de vereadores e lançamento de candidatura própria a prefeito. A presidente do Diretório Alcione Micheli Castro contou que o pré-candidato a prefeito do partido é o ex-vereador e advogado José Horácio de Andrade.
FOTO DA SEMANA
A super queimada de quarta-feira em Fernandópolis assustou moradores da zona norte da cidade, especialmente do conjunto habitacional Wilson Moreira. Concentrados na Avenida Manoel de Oliveira Verdi (Neca Verdi) eles acompanharam a batalha dos bombeiros e brigadistas para conter o fogo que chegou até à rua que separa o bairro da área queimada.
Positivo e Negativo
Positivo
A Santa Casa de Fernandópolis é um polo de captação de órgãos para transplantes. Só este ano foram feitas três captações que salvaram várias vidas. Esse feito é resultado do trabalho da CIHT - Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes – que a partir de agora disporá de local para ponto de apoio. Foi entregue a Sala de Acolhimento para suporte à equipe multiprofissional no contato com as famílias. A criação do espaço contou com investimentos da Santa Casa e foi respaldada com a doação de materiais pelo médico Sandro Serafim, que preside a Comissão.
Negativo
Enquanto as obras do novo palco na Praça Joaquim Antônio Pereira avançam, um questionamento ganha força entre os fernandopolenses: Até quando o Terminal de Passageiros ao lado da Igreja Matriz Santa Rita de Cássia continuará expondo os moradores a uma situação deprimente? O local que deveria oferecer conforto mínimo aos usuários, com proteção para o sol ou chuva, não cumpre função. O problema que começa no centro da cidade, se alastra pelos bairros, onde os prometidos pontos de embarque não saíram do papel. Os antigos, já estão em estado lastimável.