Desde o fim do cadastramento biométrico em Fernandópolis, em 19 de dezembro, os 8.703 eleitores que não apareceram para cadastrar as digitais ganharam uma nova chance para recuperar o título eleitoral que entrou no chamado banco de “títulos canceláveis” da Justiça Eleitoral.
O prazo de cadastramento de novos eleitores e as transferências de títulos termina no dia 6 de maio. Esse também é o prazo final que os eleitores que não cadastraram a biometria ainda têm para “salvar” o título.
Mas, o interesse segue baixo. Desde o fim da campanha de cadastramento em 19 de dezembro, menos de 200 eleitores apareceram no Cartório Eleitoral até agora para essa regularização. Os números são do site de acompanhamento em tempo real do TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
O encolhimento do colégio eleitoral de Fernandópolis pós biometria será inevitável. Hoje são 54.169 eleitores inscritos e 45.644 biometrizados, aptos ao voto em 4 de outubro. Ainda restam 8.525 eleitores irregulares, ou seja, 15.7%. É claro que, até 6 de maio, mais eleitores devem regularizar a situação, mas o índice não deve ser muito diferente do que é hoje.
Pode-se dizer que este será o maior limpa já realizado no cadastro de eleitores do município, o que deve refletir nas eleições desse ano na questão da abstenção. Nas eleições de 2016, a abstenção foi de 24% e chegou a 27% em 2018. Nos municípios da comarca, com o cadastramento biométrico, essa abstenção girou entre 10 e 15%.
Menos eleitores terão direito a voto em 4 de outubro
Bate pronto
ELEIÇÃO DE VEREADOR – Além da proibição de coligação entre partidos para disputa da eleição proporcional, o Supremo Tribunal Federal validou outra decisão da Lei Eleitoral que exige que, para que um candidato seja eleito ao cargo de vereador, tenha 10% do quociente eleitoral. O objetivo é corrigir distorções na eleição proporcional, ou seja, tenta evitar que puxadores de votos elejam outros nomes da legenda com votações inexpressivas como ocorreu em eleições com campeões de votos como Enéas Carneiro, Tiririca e Celso Russomano.
ELEIÇÃO DE VEREADOR II – Em se tratando de eleição para vereador em Fernandópolis, essa decisão referendada pelo STF não deverá atingir nenhum candidato a ser eleito em outubro, a tomar por base o resultado da eleição de 2016. O quociente eleitoral na última eleição para vereador ficou em torno 2.600 votos. Aplicando os 10%, nenhum vereador poderia ser eleito em Fernandópolis se não alcançasse 260 votos. Nessa eleição, o vereador eleito com menor número de votos foi Antonio Carlos Finoto (Tonho Pintor) que obteve nas urnas 409 votos, bem inferior a votação de Maurilio Saves que alcançou 704 votos e não se elegeu.
REFORMA APROVADA - Servidores estaduais de Fernandópolis engrossaram os protestos no Estado contra a reforma da Previdência Social. Mas, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, em segundo turno, a proposta de reforma da Previdência dos servidores públicos do estado. Os deputados da região, Carlos Pignatari (PSDB), Sebastião Santos (Republicanos) e Itamar Borges (MDB), votaram a favor. Beth Sahão (PT), contra. Os municípios têm prazo até 31 de julho para aprovarem no legislativo o projeto adequando a previdência municipal aos termos da reforma nacional. Em Fernandópolis, a alíquota de contribuição já foi elevada de 11% para 14%, conforme projeto aprovado no mês passado pela Câmara.
