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“Não podemos ser mais a última cidade a se movimentar para o Natal”



“Não podemos ser mais a última cidade a se movimentar para o Natal”

No momento que o comércio de Fernandópolis está com a promoção “Liquida Ferpa” que se estende até o dia 23, com opções de descontos de até 50% nas lojas participantes, a presidente da Acif – Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis - empresária Rosana Marques Nunes, antecipa um final de ano especial com o objetivo de atrair muita gente para a cidade. “Vai ser muito diferente dos anos anteriores e as surpresas serão boas”, diz a presidente que, desde que assumiu a presidência da entidade em novembro do ano passado, com a renúncia do presidente eleito Saulo Marin, tinha como meta realizar um final de ano cheio de novidades. “Queremos eventos para o mês todo. Essa é nossa meta. Não podemos ser mais a última cidade a se movimentar para o Natal. É o período que o comércio busca o respiro dos altos e baixos do ano todo e precisa ter a cidade movimentada. Um Natal bem trabalhado salva o ano de muitos comerciantes”, acrescenta. Nesta entrevista, Rosana já antecipa que não pretende continuar na presidência da Acif. Vai completar o mandato tampão, mas promete integrar a nova diretoria que será eleita em janeiro de 2023. Leia a entrevista:

O que representa para o comércio essa promoção “Liquida Ferpa”?
É tradição do comércio a liquidação em julho que é o mês de vender o que sobrou do outono/inverno para abrir espaço para a nova coleção Primavera/Verão, coisas novas. Então esse é o momento de liquidação no comércio e no Shopping. A Associação Comercial apoia a Liquida Ferpa que vai até o dia 23 de julho, disponibilizando cartazes, adesivos para o lojista identificar sua loja como participante da campanha. É uma oportunidade para o consumidor comprar e fazer bons negócios com os descontos oferecidos. E é legal um número cada vez maior de comerciantes aderindo a esse tipo de promoção.

O maior prêmio para o consumidor é o desconto?
Orientamos e conversamos com os comerciantes para que a liquidação seja verdadeira, com descontos efetivos, para não cair naquela de que tem liquidação com o preço de verdade fingindo que é liquidação. É isso que a gente não quer, temos que acabar com essa cultura. Por isso recomendamos a pratica de descontos reais, ou seja, de até 50%. Muitas lojas optam por colocar o desconto na liquidação nesta faixa.

"Não percebi nenhum preconceito. Até percebo que as pessoas têm orgulho em falar que é uma mulher presidente da Acif"

Numa liquidação como essa qual a dica para o consumidor?
Pesquisar, rodar o comércio e conhecer o as lojas têm a oferecer. Um hábito legal é o consumidor frequentar as lojas do comércio. Essa liquidação não é assim, a loja seleciona um grupo de produtos coloca em promoção e aqueles mesmos produtos estariam o mês todo na promoção. Normalmente, as lojas a cada dois dias acrescentam produtos novos nessa liquidação. Por isso, a dica é acompanhar essas novidades nas lojas do comércio e do shopping.

Neste sábado, o comércio está fechado por conta do feriado de 9 de julho. A abertura das lojas pós quinto dia útil fica para a sábado que vem?
Sim. Inclusive fizemos um calendário diferente para o ano todo. No final do ano passado chamamos os lojistas e programamos todos os sábados com horário estendido e o nosso será no seguinte, dia 16. A tradição era o segundo sábado do mês, que nem sempre coincide com o pós quinto dia útil. O segundo sábado todo mundo sabe, mas nem sempre a pessoa estava com dinheiro para compras. Então decidimos mudar e assim, o segundo sábado que caísse antes do quinto dia útil, automaticamente passaria para o terceiro sábado com horário estendido. 

"Um Natal bem trabalhado salva o ano para os comerciantes. Por isso queremos um evento para o mês todo"

Qual a sua expectativa nesta promoção?
Julho é um mês bom de vendas. Acho que se o lojista souber trabalhar e realmente praticar descontos sérios, verdadeiros, a tendência é vender muito bem, desovar estoque, girar capital e poder renovar coleções. 

A movimentação na cidade com o FernanRaiá e o EuRiso neste mês ajuda a criar uma movimentação favorável para a liquidação?
Sem dúvida, isso é muito importante para a cidade e para o comércio. O nosso centro acaba sendo um local de encontro. É importante a promoção com os eventos na praça.

Você está completando oito meses à frente da Acif, desde que assumiu a presidência em novembro do ano passado com a renúncia do Saulo Marin. Como avalia esse período?
Tomei posse no dia 10 de novembro. Não sentei com a diretoria para fazer um balanço, mas a gente sente que grande parte dos projetos que foram desenhados está andando, e andando bem, inclusive com uma surpresa para o final do ano, na promoção do Natal. Vai ser muito diferente e as surpresas serão boas. Teremos um evento de moda, que está sendo alinhado e uma coisa nova na praça que será um arraso, que vai trazer gente da região toda para Fernandópolis. Prometo revelar assim que o contrato for assinado. Essa sempre foi uma meta, criar um ambiente diferente na cidade no final do ano. Entendo que a gente precisa estender o período de eventos e decoração no centro da cidade, minimamente para o mês de dezembro todo. Não dá para ser algo apenas nas duas últimas semanas que antecedem o Natal. Queremos eventos o mês todo para que tenha movimento na cidade. Essa é nossa meta. Não podemos ser mais a última cidade a se movimentar para o Natal. É o período que o comércio busca o respiro dos altos e baixos do ano todo, e precisa ter a cidade movimentada. Um Natal bem trabalhado salva o ano de muitos comerciantes. A prefeitura está sendo bem-disposta, tenho conversado com o prefeito André Pessuto, com o Secretário de Cultura e Turismo Cássio Araújo e eles estão sendo bem receptivos às nossas propostas. A conversa está muito boa e acredito que juntos vamos fazer um Natal muito legal para Fernandópolis. 

"Sou da ideia de revezamento na Acif. Pretendo ajudar, participar da diretoria, mas não como presidente"

E o apoio dos empresários?
Muitos falam que a Acif não faz nada, mas quando nós convocamos os empresários, os comerciantes, a gente conta nos dedos os que participam. Isso é fato. Pode ter gente reclamando? Pode, mas se estiver reclamando está sem razão, porque não está participando, não está conhecendo e nem aderindo ao que estamos fazendo. Fizemos esse ano capacitação profissional para várias áreas, com foco na área de alimentação, turismo, hotelaria. Ficamos praticamente esse período todo com cursos todos os dias na Associação Comercial. Quem quis participar, aproveitou para adquirir bastante conhecimento, capacitou a equipe. Quem reclama, é porque talvez não conheça o trabalho e está convidado a participar e dar sugestões. A ideia é essa, que a Acif seja a casa do empresário.

Alguma ponta de preconceito?
Nenhuma, isso posso falar com todas as letras, não tive nenhum tipo de preconceito. Muito pelo contrário, percebo que as pessoas têm até orgulho em falar que é uma mulher presidente da Associação Comercial.

Está à vontade na presidência da Acif?
Sim, confesso que estou trabalhando bastante e até largando coisas pessoais por conta disso, porque demanda bastante trabalho. É um tipo de trabalho de formiguinha, não adianta falar que em um ano se faz milagres. Espero que o próximo presidente da Acif siga esse mesmo ritmo. Estarei na diretoria para ajudar, mas não tenho interesse em candidatar novamente. Vou ajudar na continuidade do trabalho de capacitação, de treinamentos, de eventos, porque acho que é isso a cidade pede e precisa. 

Você assumiu um mandato tampão, com a renúncia do Saulo Marin. Em janeiro tem eleição já que o mandato na Acif é de dois anos. Não tem pretensão se recandidatar?
Entendo que tem que circular, sou dessa ideia de revezamento. Pretendo ajudar. Não vou sair e dizer não quero ser mais presidente, não quero participar de diretoria. Pelo contrário, assumo até vice-presidência, se for o caso, ajudo no que for preciso, mas não quero estar à frente de um novo mandato. Sou muito a favor de a cada mandato, um presidente novo.

É uma posição definitiva ou sujeita a mudança?
É definitiva, estou sendo bastante pressionada para continuar. Mas, preciso tocar meus negócios e a Acif, para quem quer fazer a diferença, precisa trabalhar. Então não posso ficar muito tempo afastada dos meus negócios senão resolve um problema e descobre outro.

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