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Nova sede, novo comando



Nova sede, novo comando

A 1ª Companhia da Polícia Militar de Fernandópolis vive uma fase de novidades. Recentemente ocorreu a troca no comando, com a promoção do então comandante Kenji Takebe Junior a Major que assume a função de Planejamento e Operações do 16º Batalhão da Polícia Militar do Interior. No seu seu lugar, quem assumiu a 1ª Companhia foi o Capitão José Fernando Ferrerez que veio transferido de Santa Fé do Sul.
A outra novidade é a inauguração da nova sede da Companhia em Fernandópolis que acontece neste sábado com a presença do vice-governador Rodrigo Garcia. O prédio construído pela prefeitura ao lado do novo Paço Municipal já está ocupado desde a semana passada. “Com isso Fernandópolis passa a ter dois quarteis da Policia Militar”, comentou o comandante Ferrarez em entrevista à Rádio Difusora e ao jornal CIDADÃO. Ferrarez mora em Fernandópolis onde chegou em 2011. Saiu para o posto de comandante em Santa Fé do Sul e agora está retornando à cidade. “A nossa responsabilidade só aumenta com a sede própria que passamos a ocupar. É um novo desafio e a oportunidade de melhorar ainda mais o policiamento da cidade”, diz o comandante. Leia a entrevista:

Depois de rápida passagem pelo comando da Companhia em Santa Fé do Sul o senhor está de volta a Fernandópolis agora no comando da 1ª Companhia?
Estou voltando para Fernandópolis. Moro aqui, onde trabalho desde 2011, completando 20 anos na cidade onde comecei atuando como Tenente. Em virtude da promoção para Capitão fomos para Santa Fé do Sul e agora estamos de volta, dando sequência ao trabalho que vinha sendo feito pelo comandante Kenji Takebe de quem tive oportunidade de ser sub-comandante de 2017 a 2019.

"É uma forma de valorização dos policiais com um novo ambiente de trabalho"

A Companhia sempre funcionou no quartel junto com o 16º Batalhão da Polícia Militar do Interior e agora tem sede própria. O que muda na operacionalização da Companhia?
O Batalhão com a sede em Fernandópolis faz a gestão de policiamento de nossa cidade e mais 48 cidades. Subordinadas ao Batalhão são cinco companhias que executam o policiamento, uma delas em Fernandópolis que sempre dividiu a sede com o Batalhão no quartel da Líbero de Almeida Silvares. Com a nova sede, a mudança é para melhor, porque agora Fernandópolis tem dois quartéis da Polícia Militar. O Batalhão, embora faça a gestão regional, também tem sua parcela de policiamento. Então, além de termos viatura no Batalhão, teremos viatura também na 1ª Cia ao lado do Paço Municipal, ou seja, estamos ocupando mais espaço na cidade o que não deixa de ser bom para o cidadão fernandopolense. Cabe as companhias a execução do policiamento e elas estão instaladas em Fernandópolis, Jales, Santa Fé do Sul, Votuporanga e Cardoso. São cinco companhias que formam a estrutura do Batalhão para execução do policiamento. Cada companhia é responsável pelo policiamento na cidade sede e na região no seu entorno. Nós temos 11 cidades sob nova jurisdição. A nossa responsabilidade só aumenta com a sede própria que passamos a ocupar. É um novo desafio e a oportunidade de melhorar ainda mais o policiamento da cidade.

Toda a parte de policiamento está concentrada na nova sede?
Ainda permanece no Quartel da Líbero viaturas que podem ser colocadas em operação. Mas, a maior parte do policiamento que é responsabilidade da Companhia, agora está baseado na sede ao lado do Paço Municipal. Isso, é bom deixar claro, não altera a rotina de policiamento na cidade, que é a questão de atendimento de ocorrências, atendimento ao público. Essa nova sede é uma forma de valorização dos policiais com um novo ambiente de trabalho. Com a nossa saída do Quartel da Líbero, o Batalhão deverá ser uma Unidade Escola. Essa é a intenção do comandante Tenente Coronel Rodnei Dutra Hernandes, já que agora tem espaço físico para instalação do Centro de Formação de novos Soldados, que já funcinou em outros momentos, mas agora oferecendo uma estrutura de alojamento mais adequada.

"Com a nova sede, a mudança é para melhor, porque agora Fernandópolis tem dois quartéis da PM"

A nova sede já opera plenamente?
Sim, desde sexta-feira, 16, estamos funcionando plenamente na nova sede 24 horas por dia. O prefeito André Pessuto entendeu a necessidade e que seria interessante para a Companhia ter sede própria. O município construiu o prédio e fez cessão de uso para a Polícia Militar. É um prédio com uma estrutura muito boa, com várias salas, com alojamento de cabos, soldados, sargentos e policiais femininas, sanitários com acessibilidade para o público e um centro administrativo que é responsável por cuidar do policiamento em 11 cidades no nosso entorno (Populina, Turmalina, Estrela d´Oeste, Mira Estrela, São João das Duas Pontes, Meridiano, Pedranópolis, Macedônia, Indiaporã, Guarani d´Oeste e Ouroeste). É um prédio que atende, com conforto, as nossas demandas.

No comando da 1ª Companhia, dispõe de efetivo e viaturas suficientes para atender a demanda de policiamento?
Posso dizer que sim, por que já trabalhei em outras cidades e, proporcionalmente, nunca vi uma cidade tão policiada quanto Fernandópolis, já puxando a sardinha para o meu lado, mas é fato. É claro que a gente sempre tem carência de efetivo, infelizmente é um problema que enfrentamos, mas a conseguimos suprir com a Atividade Delegada que Fernandópolis tem convênio, o que mantém o policial em atividade nos horários de folgas, em que ele se escala de forma de voluntária e exerce algumas atividades que são do interesse do município e da segurança pública e ganha remuneração extra paga pela prefeitura pelas horas trabalhadas. O policial não deixa de ser policial na Atividade Delegada, de atender ocorrência, mas é mais uma forma de alocar o policiamento para proteção da comunidade. Não temos todo o efetivo fixado na capacidade máxima, mas a gente procura suprir o policiamento em Fernandópolis e outras cidades. A pessoa que tem mais interesse em ter mais efetivo sou eu, porque facilita a execução do policiamento e melhora a sensação de segurança para as pessoas que moram na região. A gente sempre lembra que a região noroeste do Estado de São Paulo é uma das mais seguras do Estado, senão a mais segura. E da região noroeste, esse nosso canto aqui, é mais seguro ainda. Isso é muito bom porque tem a ver com o trabalho dos nossos policiais que são verdadeiros heróis, faça chuva ou faça sol, estão ai 24 horas nas ruas, sem contar com a colaboração da sociedade que é uma parceria que faz a diferença. Isso acaba ajudando a manter a região tranquila. O lado ruim é que, por estarmos numa região tranquila com baixo índice de criminalidade, o envio de efetivos acaba atendendo regiões com maior incidência criminal.

"A nossa razão de existir é o cidadão. A polícia isolada da sociedade não consegue fazer nada"

O senhor falou que estamos em uma região tranquila, mas sempre temos problemas inerentes a aglomerações urbanas. O que o preocupa?
Isso é uma realidade. Onde tem pessoas, infelizmente vamos ter problemas, crimes e quebra da ordem. Isso é parte da sociedade. Mas, o nosso foco em primeiro lugar é tratar bem o cidadão. A nossa razão de existir é o cidadão. A polícia isolada da sociedade não consegue fazer nada. Por isso sempre agradecemos essa parceria com a comunidade que é fundamental para o nosso trabalho, nos ajuda muito. Outra missão é cumprirmos as leis, fazer com que as leis sejam cumpridas e preservar a vida das pessoas. Na questão da criminalidade, a preocupação sempre são os roubos de qualquer espécie, roubos e furtos de veículos e crimes violentos na categoria homicídio, latrocínio, crimes que impactam mais a segurança pública. E, se conseguirmos conter os problemas mais graves, consequentemente os problemas secundários tendem a diminuir também. Mas, nós nos preocupamos com todas as demandas que chegam aqui.

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