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O projeto “Os Sonhadores” mudou minha vida



O projeto “Os Sonhadores” mudou minha vida

Dando sequência à série de apresentações sobre a importância das entidades assistenciais e de classe na sociedade local, CIDADÃO traz aqui a história de um jovem que tinha tudo para se desvirtuar, mas teve sua vida mudada pelo projeto “Os Sonhadores”.

Welison da Silva Tozatti, de 22 anos, reflete bem o suporte social que as entidades fernandopolenses prestam aos seus assistidos. Ele tinha 11 anos quando conheceu a entidade, foi um dos primeiros integrantes do projeto que hoje atende dezenas de crianças e adolescentes de alta vulnerabilidade social.

“A maior parte do meu dia era na rua. Como minha família estava meio desestruturada por conta do que aconteceu com meus pais eu ficava mais é na rua soltando pipa, jogando bola, fazendo bagunça, até que veio p projeto e mudou minha vida”, conta Welison.

Apesar de ser algo traumático, o jovem não esmorece ao citar o que desestruturou sua família. Quando tinha apenas quatro meses de idade Welison perdeu sua mãe, que foi assassinada pelo pai dele.

E não foi só isso. Depois do ocorrido, o pai dele o levou para a Bahia ao lado de seus dois irmãos. Viveram lá por algum tempo e depois voltaram para Fernandópolis.

“Meu pai então chegou para meu irmão mais velho e perguntou para ele se já conseguiria cuidar da gente. Meu irmão não entendeu a pergunta e não respondeu. No outro dia ele já não estava mais em casa e algum tempo depois chegou a notícia de que ele estava tentando trazer uma menina para morar com ele aqui e ela não quis, então ele a arrastou para o meio do mato, a matou e se matou logo em seguida”, contou o jovem.

Sem mãe e sem pai, os três irmãos seriam levados para um orfanato, mas os avós os acolheram. E foi nesse cenário de tragédia que Marcos Vilela, fundador do projeto Os Sonhadores, convidou Welison para fazer parte da entidade.

“Me interessei pelo projeto por conta do esporte que era praticado. Algum tempo depois veio a música e eu passei a me interessar por ela. Aprendi a tocar violão, depois busquei especialização, me formei e passei a dar aulas de violão dentro do projeto”, disse.

Para participar do projeto, Welison precisava frequentar a escola e ter boas notas, o que era acompanhado de perto pelos responsáveis da entidade. Ele então concluiu o ensino médio, foi indicado pela entidade para uma empresa de tecidos, onde trabalha até hoje e em suas horas vagas, dá aulas particulares de violão.

Hoje, o jovem que não se entregou diante do trauma que sofreu graças ao apoio do projeto Os Sonhadores,  tem seu carro (já quitado) e está juntando dinheiro para construir sua casa própria num lote que já adquiriu com suas próprias economias.

“Sou e serei eternamente grato ao projeto Os Sonhadores. Era para eu, talvez estar no mundo das drogas ou do crime. Tinha tudo para seguir outro caminho, mas graças ao suporte que me deram, segui um caminho diferente, um caminho que julgo correto”, concluiu. 

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