Direto da Redação

Os bancos e as filas na pandemia



Os bancos e as  filas na pandemia
Fila defronte agência bancária na manhã desta sexta-feira, 5

As filas nas agências bancárias de Fernandópolis, e de resto no Brasil todo, vem de longa data. O assunto, vira e mexe, é tratado no Palácio 22 de Maio. Prefeito Edison Rolim desde 2005, quando foi aprovado o primeiro projeto de lei, de autoria do ex-vereador Pedro Toledo, sobre a obrigatoriedade das agências bancárias e demais estabelecimentos de crédito, bem como os conveniados, de colocar à disposição dos usuários, pessoal suficiente no setor de caixas, para dar atendimento digno e profissional a seus clientes. O tempo passou, o projeto foi emendado por iniciativas dos ex-vereadores José Carlos Zambon e André Pessuto. Chegou-se a fixar multa em 300 URMs (Unidade de Referência do Município), que hoje chegaria a quase R$ 90 mil.

O assunto sempre foi polêmico e, de novo, volta ao Palácio 22 de Maio. Por conta da pandemia do coronavírus, as filas nos bancos saíram do interior das agências para o lado externo.

Isso incomodou o vereador Daniel Arroio (PSD) que apresentou nova emenda ao projeto de lei que já tramita pela Câmara e deve ser votado nas próximas sessões, obrigando os estabelecimentos bancários a disponibilizar aos clientes e usuários abrigo adequado de proteção contra sol e chuva, mediante a instalação de tendas fixas com cobertura ou fornecimento de dispositivos móveis de proteção individual, tais como guarda-chuva/sol, sombrinhas ou similares, gratuitamente, sem qualquer custo adicional aos usuários dos serviços bancários”.

O vereador diz que o objetivo é promover a devida adequação da referida norma legal para melhor eficácia de sua aplicabilidade em benefício da população.

Lembre-se que a prefeitura chegou a instalar tendas com cadeiras defronte a Agência da Caixa, por conta do pagamento do auxílio emergencial com formação de filas diárias. No final do ano, a Caixa solicitou que a prefeitura retirasse as tendas para preservar o layout. É mais um capítulo nessa queda de braço interminável entre bancos e população.

Bate pronto

REPASSE DO PRÉDIO – A nova sede da 1ª Companhia da Polícia Militar do 16º BPMI, construída ao lado do novo Paço Municipal, está pronta há meses, mas ainda continua fechada. A entrega depende da burocracia. Agora mesmo, o prefeito André Pessuto encaminhou à Câmara projeto de leite que autoriza outorgar o prédio, gratuitamente, pelo prazo de 30 anos, mediante cessão de uso à Fazenda Pública do Estado, com destino à Secretaria de Segurança Pública, mediante assinatura de termo próprio. A prefeitura investiu cerca de R$ 500 mil na obra.

LOMBADAS – Foram cinco indicações de instalação de “ondulação transversal”, a popular “lombada” ou “quebra-molas”, apresentadas pelos vereadores na última sessão da Câmara. Somadas às indicadas em sessões anteriores, o número é ainda maior. Geralmente os vereadores quando apresentam essas indicações atendem pedidos de moradores/eleitores preocupados com a velocidade dos veículos. Cada vez que aparece uma lombada numa rua, chove reclamação de motoristas. Mas, é bom lembrar que quando falta educação no trânsito, sobram lombadas, rotatórias e semáforos para impor limites aos motoristas.

FOTO DA SEMANA

FOTO DA SEMANA

A dificuldade para estacionar nas imediações da Santa Casa e do Hemocentro de Fernandópolis incomodou um cidadão fernandopolense que, em vez de reclamar, decidiu buscar uma solução. Com seu próprio esforço, sem cobrar um centavo da Santa Casa e devidamente autorizado, limpou uma área ao lado do Hemocentro, que pertence ao hospital, jogou pedra na entrada e colocou uma placa indicando estacionamento. A foto, com o estacionamento lotado, mostra a importância dessa ação em benefício da comunidade. O autor dessa iniciativa é o senhor NOEL ALVES RODRIGUES, morador de Brasitânia. A boa ação mereceu uma homenagem pública pela médica hematologista do Hemocentro Dra. Brígida do Amaral Botelho Prudêncio, no programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora, quando fez questão de enaltecer o trabalho do senhor Noel. Com mais espaço para estacionar melhorou até o fluxo de pessoas para doar sangue no Hemocentro.

Positivo

Ainda em aulas remotas os 6 mil estudantes da rede municipal de ensino continuam recebendo o “Bolsa Merenda” de R$ 70. O benefício foi mantido para este ano como forma de ajudar a família a garantir uma alimentação saudável para os alunos. O benefício representa um volume de recursos da ordem de R$ 420 mil por mês. Cada estudante tem direito a um cartão como o crédito mensal de 70 reais que pode ser utilizado em mais de 40 estabelecimentos comerciais cadastrados. Ou seja, o dinheiro também ajuda a movimentar o pequeno comércio de bairro.

Negativo

A abertura do mutirão de emprego com 250 vagas mostrou o tamanho do flagelo do desemprego. Muita gente passou a noite na fila na esperança de garantir uma senha para a entrevista. A possibilidade de emprego atraiu gente até de outras cidades. Desde a crise de 2015/2016, a falta de emprego se tornou um grave problema social. Com a pandemia a situação se agravou. A Prefeitura de Fernandópolis tem cerca de 4 mil pessoas cadastradas à espera de uma vaga no programa Frente de Trabalho. A chegada do Max Atacadista em Fernandópolis é um oásis no deserto do emprego.

Claudemir Cabreira

Jornalista.