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“Prestar contas ao povo é nossa obrigação”



“Prestar contas ao povo é nossa obrigação”

O prefeito de Macedônia Reginaldo Marcomini, 29 anos, um dos mais jovens eleitos em em 2020 fechou o primeiro ano de mandato festejando conquistas em que pese o ano atípico por conta da pandemia do coronavírus. Em entrevista à Rádio Difusora FM e jornal CIDADÃO, Marcomini disse que o ano foi de desafios, mas que, graças ao planejamento realizado no início da gestão, a lição de casa foi feita e os resultados foram positivos. Em prestação de contas à população mostrou os investimentos na Saúde, na Educação, na frota de veículos reforçada com pá carregadeira, tratores, retroescavadeira, Van, ambulância e ônibus, obras de infraestrutura, no turismo, esporte, no Fundo Social de Solidariedade, Segurança e Habitação. O prefeito defendeu a transparência e uma política em benefício da população. “Prestar contas ao povo é nossa obrigação. Transparência em primeiro lugar”, disse. Leia a entrevista:

Feliz ao completar o primeiro ano de governo?

Foi um primeiro ano de muitos desafios, mas graças a Deus estamos finalizando bem. Quando pegamos a gestão no início do ano, nos reunimos e o planejamento principal era garantir a folha de pagamento dos servidores municipais. Não admitíamos atrasar salários, isso iria prejudicar o atendimento à população e gerar muitos transtornos. Agora no final do ano, no dia 10 de dezembro pagamos integralmente o 13ºsalário e dia 24 antecipamos o pagamento do mês de dezembro a todos os servidores. Adiantamos também o pagamento da Frente de Trabalho que criamos no início do ano. Isso mostra que o planejamento funcionou. É obrigação prestar contas e mostra que a lição de casa funcionou.

O balanço que faz do primeiro ano é positivo?

Estamos fechando o ano no azul, realizamos as festividades de final de ano com recursos próprios, não tem recurso do Ministério do Turismo e da Secretaria do Turismo. Macedônia bateu recorde no número de turistas, dentro do projeto de fomento do turismo regional que será o forte nesta retomada, conhecendo o que tem de bom na nossa região, em Fernandópolis, em Macedônia, em Ouroeste, fazendo com que o dinheiro fique por aqui estimulando nossa economia. Fizemos uma reunião com os comerciantes e foi gratificante ouvir deles que o final de ano foi muito bom, principalmente por conta da decoração de Natal que foi referência na região e atraiu turistas para a cidade, fortalecendo o comércio. O turismo é o futuro na retomada no pós pandemia.

Quando a população cobra, é diferente. A força vem do povo

A administração também está resgatando eventos através do Fundo Social de Solidariedade. Quais são os projetos em pauta a partir do sucesso dos eventos realizados?

O nosso Fundo Social de Solidariedade, na realidade, não existia. Quando iniciamos o mandato, a minha vice-prefeita Vanja Sabino assumiu a presidência do Fundo com excelente desempenho. Inauguramos uma sede que não tinha. Hoje, o Fundo Social realmente funciona fazendo parcerias importantes com Acif e Senar, junto com o Sindicato Rural de Fernandópolis, para realização de cursos de capacitação das pessoas para o mercado de trabalho. Por isso estamos implementando essa parceria inédita com a Acif para a qualificação dessa mão de obra. Além disso, o Fundo Social de Solidariedade, através de doações e parcerias com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, Macedônia pôde entregar mais de 500 cestas básicas para as famílias, principalmente neste momento que estamos passando com o aumento de vulnerabilidade social por conta da pandemia. Só tenho a agradecer a vice-prefeita e presidente do Fundo Social pelo excelente trabalho realizado no ano passado.

Como anda a relação com os Deputados e a expectativa do que isso pode reverter em benefício de Macedônia?

Como fui vereador por dois mandatos já tinha um bom relacionamento com deputados e com membros do governo. Temos de agradecer muito ao governo do Estado que neste primeiro ano foi de suma importância para Macedônia. Não temos o que reclamar do governo do Estado. Recebemos investimentos na área da educação, saúde, estamos lutando pela pavimentação de uma estrada que vai virar rodovia, se Deus quiser, ligando Macedônia a Indiaporã, e tudo isso através do governo do Estado, com o apoio do Secretário de Desenvolvimento Regional Marcos Vinholi e dos nossos deputados Carlão Pignatari, Analice Fernandes, Itamar Borges, Fausto Pinato. Eu costumo dizer que, se está ajudando a nossa cidade e a nossa região, está ajudando a população.

Passado um ano da eleição o grupo que estava lá há mais de 22 anos, não se conforma com a  derrota

Em Macedônia a política sempre foi quente, com disputa acirradas. Como anda sua relação com a Câmara de vereadores?

O relacionamento com a Câmara o pessoal diz que está conturbado. Não é questão de estar conturbado. Existem alguns vereadores dentro da Câmara que ainda não aceitaram a derrota nas urnas e eles acabam levando isso para a tribuna e isso acaba prejudicando não o prefeito ou a administração, mas sim os funcionários, a população. São denúncias infundadas como tivemos recentemente quando baixou o Gaeco, baixou a polícia porque disseram que tinha armas dentro da prefeitura, que o Jurídico tinha isso e tinha aquilo. Chegaram lá e não encontraram nada. É uma perseguição política que está tendo dentro da cidade e que não me atrapalha, não me deixa incomodado, porque ninguém bate em árvore que não dá fruto. Vamos continuar trabalhando. Converso com todos os vereadores, o meu gabinete está sempre de portas abertas. O único problema que percebemos é que, passado um ano da eleição o grupo que estava lá há muito tempo, mais de 22 anos, não se conforma com a derrota. Macedônia vivia um coronelismo. Quem conhece a história política de Macedônia sabe como era. Aí chega uma pessoa de 29 anos e ganha a eleição, com as pessoas reconhecendo o meu trabalho como vereador, praticamente sozinho na Câmara, e decidiram mudar e isso incomodou. Por isso sou a favor da alternância no poder. Ninguém pode se perpetuar no poder o que gera comodismo e acaba achando que é dono. Estive como vereador, hoje estamos como prefeito e no futuro outras pessoas vão estar nesse cargo.

Como o senhor entende a forma de governar?

Sempre presei por transparência, tanto que fizemos uma revista com dinheiro próprio, sem um centavo do dinheiro público, como forma de prestar contas à população do que foi realizado e do que vai ser feito. Já estamos também preparando a prestação de contas do que foi pago, do que foi empenhado, restos a pagar e o que sobrou. Desde quando era vereador eu já pregava que não administramos uma empresa privada. A prefeitura é um órgão público e é direito da população saber o que realmente acontece, porque estamos administrando o dinheiro da população. É mais do que justo a população saber o que foi investido na Saúde, na Educação, em todas as áreas do município. Já existe o portal da transparência, mas poucas pessoas têm acesso. Então, essa revista chega aos moradores, não para fazer politicagem, mas para mostrar o que está sendo feito e que pretendemos fazer. Dar satisfação à população é nossa obrigação. Transparência em primeiro lugar.

É obrigação prestar contas e mostra que fizemos a lição de casa

Prefeitos e vereadores são servidores do povo e devem prestar contas?

Costumo dizer que quem está com o poder é o povo. O povo coloca e o povo tira e precisa exercer a força que tem e aí as coisas vão melhorar mais. O vereador está ali para fiscalizar a administração e não para emperrar a administração, decidir de acordo com o interesse da população e não interesse político. Por isso, a população precisa acompanhar. Quando o vereador não vê o povo dentro da casa legislativa, ele vota do jeito que é conveniente politicamente para ele. Quando a população cobra, é diferente. A força vem do povo. O que é bom para a cidade o vereador tem que estar junto, o que é ruim ser contra.

E o que esperar de 2022?

Aprendemos com os acertos e erros de 2021, que foi um ano atípico por conta da pandemia. Esperamos que, com a população vacinada e Macedônia está com praticamente 95% da população imunizada só esperando a vacinação das crianças, possamos retomar as atividades, fazer o que a gente não conseguiu fazer em 2021. Que esse ano novo venha com muita saúde e prosperidade a todos.

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