Direto da Redação

Quanto custou cada voto?



Partidos e candidatos que disputaram as eleições no último dia 15, tem até o dia 15 de dezembro para apresentar a prestação final de contas de campanha com dados detalhados de receitas e despesas. É o que estabelece a Lei Eleitoral, que teve alterações, em razão do adiamento das eleições. Os dados finais da prestação de contas serão divulgados pelo sistema do TSE – Tribunal Superior Eleitoral.

Com base na prestação preliminar de contas dos candidatos, é possível saber o valor per capta investido na captação dos votos auferidos nas urnas de 15 de novembro. Os valores investidos na campanha eleitoral incluem repasses do fundo eleitoral através dos partidos, de recursos próprios dos candidatos e doações de pessoas físicas. O cálculo foi feito com base na despesa contratada até agora, dividido pelo total de votos obtido nas urnas.

O candidato Renato Colombano (Republicanos), por exemplo, registra o voto mais caro da campanha. Na página do TSE o candidato indica despesas contratadas de R$ 166.214,53 para conquistar 3.891 votos, ou seja, investiu R$ 42,71 por voto. A receita declarada por Colombano é de R$195.132,00.

André Pessuto (DEM) contabiliza até agora despesa de R$ 240.921,03 para alcançar os 16.457 votos que garantiram o feito histórico de ser o primeiro prefeito reeleito da história de Fernandópolis. A média de investimento por voto foi de R$ 14,63. A receita declarada ao TSE é de R$ 394.200,00.

O menor investimento, conforme números declarados até agora, foi feito pelo candidato Henri Dias (PTB). O candidato indica que a despesa contratada e registrada até esta sexta-feira, 27, era de R$ 31.247,93 para alcançar os 11.835 votos, ou R$ 2,64 por voto. Dias indica até aqui a menor receita da campanha, de R$ 74.321,54.

Esses valores, que podem mudar até a prestação final e detalhada dos gastos de campanha pelos candidatos à Justiça Eleitoral, indicam o perfil de gastos dos candidatos e resultado alcançado nas urnas.

Bate pronto

MENOS EM BRASITÂNIA – O prefeito André Pessuto melhorou sua performance na reeleição histórica alcançada em 15 de novembro, mas teve de engolir seco uma nova derrota no Distrito de Brasitânia, reconhecidamente um reduto de Ana Bim. Em 2016, Ana Bim venceu Pessuto por 280 votos a 265. Neste ano, a ex-prefeita conseguiu transferir os votos para Henri Dias que levou a melhor: 237 a 186. O Distrito é quase uma eleição à parte da sede, onde nos 17 locais de votação, Pessuto venceu na maioria absoluta das seções.

NOVO PRESIDENTE – O vereador João Paulo Cantarella vai presidir a sessão de posse dos eleitos em 1º de janeiro, primazia concedida ao vereador mais votado. Dada a posse, os vereadores vão eleger o novo presidente para os primeiros dois anos de mandato. A disputa deve ficar entre os mais experientes. Na bancada do prefeito em condições de disputa aparecem Gustavo Pinato, atual vice-prefeito, e que já exerceu mandato de vereador e João Pedro Siqueira. Murilo Jacob, advogado, e Janaina Alves, servidora pública, não podem disputar. Entre os novatos, Cantarella conhece como ninguém sobre Câmara, mas também é servidor de carreira e está fora. É quase uma disputa no “par” ou “impar”.

SEGUNDO TURNO – Neste domingo mais de 14,5 milhões de eleitores paulistas voltam às urnas para decidir quem governará 16 cidades do Estado de São Paulo, onde a disputa política chegou ao segundo turno. A disputa acontece em Bauru, Campinas, Diadema, Franca, Guarulhos, Limeira, Mauá, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Praia Grande, Ribeirão Preto, São Paulo, São Vicente, Sorocaba, Taboão da Serra e Taubaté. Rio Preto era a única cidade da região em que poderia ocorrer o segundo turno, mas a disputa foi liquidada pelo prefeito Edinho Araújo no primeiro turno.

FOTO DA SEMANA

FOTO DA SEMANA

Uma queimada iniciada na tarde de quarta-feira na área do Frigorífico deu muito trabalho para Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Fernandópolis e ainda nesta quinta-feira, gerava incômodos para os pacientes atendidos na Unidade Básica do Jardim Paulista. Boa parte da manhã a fumaça tomava conta da área as margens da Avenida Getúlio Vargas. Não é a primeira vez que o local sofre com queimadas. A fumaça da queimada podia ser vista de vários pontos da cidade.

Positivo

O número de acidentes de trânsito em Fernandópolis despencou 43,83% em quatro anos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e também da Só Folha/Prodesp, divulgados pela Prefeitura. Esse dado positivo se contrapõe ao aumento da frota circulante pela cidade. O número de veículos aumentou 30,52%. A adoção de mão única em vias pública, especialmente nas avenidas marginais Litério Grecco e Luiz Brambati, são medidas que impactaram positivamente no índice, além da ampliação da rede de semáforos.

Negativo

A Semana do Doador de Sangue (25 de novembro é o Dia do Doador) que termina neste sábado não traz muitos motivos para celebrações no Hemocentro de Fernandópolis. Diferente de anos anteriores em que a procura era intensa e isso garantia reforço do estoque para o final de ano, desta vez, a procura se mantém aquém da expectativa até para fazer frente às necessidades do dia a dia. Em entrevista, a médica Brígida do Amaral Botelho Prudêncio voltou a alertar para o risco de faltar sangue para emergências.

Claudemir Cabreira

Jornalista.