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“Quero ajudar muito Fernandópolis”



“Quero ajudar muito Fernandópolis”

O que move o vice-prefeito eleito Artur Watson Silveira, 55 anos, neste retorno à política é um só: “Ajudar Fernandópolis”. O novo companheiro do prefeito André Pessuto, que é do PSDB, defende a força da união para superar os desafios que vêm pela frente. “A cidade já perdeu muito com brigas internas”, aponta.

Na campanha eleitoral, o seu nome lançado como vice de Pessuto chegou para harmonizar o grupo, demonstrando ter trânsito livre nos diferentes segmentos da política. Sem rejeição, quer colocar toda sua experiência de vereador, presidente da Câmara, chefe de gabinete de Armando Farinazzo, assessor de gabinete dos secretários da Agricultura e dos Transportes e de ter trabalhado ao lado de Julio Semeghini, para ajudar a nova gestão. “Já estamos trabalhando, buscando emendas com os deputados para cumprir a promessa de concluir o que falta de asfaltamento na cidade”, diz nesta entrevista ao CIDADÃO. Leia:

Como avalia sua participação no processo eleitoral que conduziu o grupo à vitória nas urnas em Fernandópolis?

Acho que pude colaborar com o processo eleitoral, como também os candidatos a vereador e outros que somaram na campanha. Lembrando que o André Pessuto fez uma boa administração que o credenciou para continuar no cargo. Por isso vai ficar na história com sua reeleição e como primeiro prefeito reeleito em Fernandópolis. A minha parte eu fiz. Acho que Fernandópolis confiou mais uma vez no André e confiou em mim, embora o vice seja cargo de expectativa, mas estamos nesse novo governo para ajudar. Como disse o André, na entrevista após a eleição, ele vai oxigenar o governo, trocar algumas peças até para dar um outro volume, dar gás nesta nova administração. Estamos trabalhando, por enquanto ainda não tratamos de ações estratégicas, mas está em estudo onde vamos movimentar. O que posso adiantar é que, a nível de PSDB, nós vamos dar continuidade na Educação ao trabalho de Armando Farinazzo e da saudosa Darci Marin.

"Eu quero atuar, quero ajudar na administração e no projeto de Fernandópolis"

O prefeito André Pessuto sempre fez questão de dizer que você teria um papel importante no governo, principalmente pelo trânsito livre no governo do Estado e seu papel de articulação. Por toda experiência que acumula, você está se preparando para essa interlocução?

Tenho esse trânsito, conheço as secretarias, fui assessor de gabinete do Secretário de Agricultura do Estado, fui assessor de gabinete do Secretário dos Transportes e tive o orgulho de trabalhar com o Julio Semeghini e com o prefeito Armando Farinazzo, quando fui Chefe de Gabinete por dois anos. Nós já começamos a nos movimentar, e já conseguimos emendas impositivas do deputado Carlão Pignatari (PSDB), R$200 mil, da deputada Analice Fernandes (PSDB) mais R$ 200 mil. E o Itamar Borges (MDB) também agraciou Fernandópolis com emenda. Estamos trabalhando. O deputado Fausto Pinato (PP) também se comprometeu a colocar emendas para o ano que vem de mais R$ 1 milhão, para terminar os 4, 5% que faltam asfaltar na cidade. Então, veja que estamos pensando na nova gestão.

Sua intenção é quebrar também estigma de que vice é um cargo decorativo?

Sim, eu quero atuar, quero ajudar na administração e no projeto de Fernandópolis. Eu fui na campanha com o prefeito André Pessuto e prometi junto com ele. Então, acho que tenho que ajudar a solucionar os problemas de Fernandópolis.

Na Câmara, como avalia a renovação?

De fato, houve uma renovação muito grande. São pessoas diferentes, com pensamentos diferentes com quem temos que conviver. Vamos passar o momento da diplomação, da posse e da eleição da mesa. O Executivo não tem que entrar nesta questão. Já fui vereador, presidente da Câmara, o André também, então a gente conhece. São poderes diferentes. Eles têm que se acertarem lá. Mas, acredito que a Câmara está voltada, com todos os vereadores, inclusive o que foram eleitos por outra coligação, no interesse de Fernandópolis. Conversei com todos eles e, todos, estão dispostos a ajudar em tudo que for bom para Fernandópolis. Então é hora da gente pregar uma união e pensar em Fernandópolis. A política acabou e agora é hora de pensar na cidade.

"Tudo que for bom e o que for melhor para Fernandópolis, temos que apoiar"

Essa experiência no legislativo que o prefeito e vice possuem contribui para uma boa articulação com os vereadores?

Sem dúvida, é o legislativo que define o ritmo de condução dos projetos que lá chegam ou são propostos e também é o fiscalizador do Executivo. Os que foram eleitos, têm capacidade de fazer um bom trabalho. O que chegaram, os que permanecem e quem está voltando, caso do Gustavo Pinato, que abriu mão de ser vice novamente e saiu vereador, mostra o comprometimento com a cidade. É uma pessoa com larga experiência e vai ajudar muito. Todos estão com o propósito de trabalhar pela cidade. É muito importante o Executivo ter do seu lado o Legislativo, pensando no que for bom e o melhor para Fernandópolis.

A próxima gestão terá ainda os efeitos da pandemia do coronavírus e esse será o grande desafio, não?

A gente vê uma luz no fim do túnel com a chegada da vacina, independente da vacina que seja, americana, inglesa, chinesa, o que vai trazer tranquilidade será a vacina, mas a gente não sabe quando isso vai ocorrer, quanto tempo demora. Tem que ter pulso, boa parte das pessoas acha que a pandemia terminou e o vírus continua aí. Estamos aí com a volta dos casos, com o que chamam de segunda onda, e a população precisa ajudar, esperar mais um pouquinho, questão de 50 a 80 dias, vamos ter a vacina. O ano que vem vai ser muito difícil, desafiador. Falo isso do ponto de vista financeiro. Fernandópolis é dependente de recursos tanto federal, como estadual, não sobrevive sozinha com recursos próprios. Teremos que fazer uma ginástica danada. Por isso que, ao lado do legislativo, dos deputados da região, nós temos condições de superar a crise, seja da pandemia ou financeira que se avizinha.

No momento de crise dentro do PSDB, o seu nome foi o que harmonizou o grupo. Como avalia hoje a situação no ninho tucano?

Foi uma briga ferrenha, uma intervenção momentânea, acho que já superamos isso. O presidente estadual do partido, Marco Vinholi, me ligou, o secretário geral também. O nosso objetivo é que o PSDB tenha um diretório constituído em Fernandópolis. Em abril, vamos fazer a convenção e organizar tudo. O PSDB está com o vice-prefeito no Executivo e tem o seu representante no Legislativo, o vereador Joao Pedro. Conseguimos harmonizar e agora vamos trabalhar para fazer um partido forte. Queira ou não queira, o governo é do PSDB e nós vamos precisar demais do governo do estado.

"Conseguimos harmonizar o PSDB e agora vamos trabalhar para fazer um partido forte"

O PSDB está voltando a condição de protagonista?

Com certeza. Estamos com representação no Executivo e Legislativo e nós vamos restabelecer o partido e precisamos muito do governo estadual, dos deputados do partido. Temos que organizar em casa para poder cobrar, porque como dissemos serão anos difíceis para todos os municípios brasileiros. A pandemia desencadeou tudo isso e temos agora que buscar as alternativas. Por isso, estamos falando tanto em união, não apenas entre Executivo e Legislativo, mas da sociedade como um todo. Fernandópolis já perdeu muito com brigas internas. O André já está oxigenado para o segundo mandato, eu também estou e espero ajudar muito na nova administração.

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