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TOINDO é o sétimo aplicativo do Brasil no ranking de 3 mil empresas da Machine



TOINDO é o sétimo aplicativo do Brasil no ranking de 3 mil empresas da Machine

“Sim, estamos entre os 10 maiores aplicativos de mobilidade de quase 3 mil empresas no Brasil. É um grande feito, motivo de orgulho”. A reação foi do empresário Fernando Silva, do aplicativo de mobilidade TOINDO ao receber o convite da Machine Global para evento no Rio Janeiro em outubro, com uma frase em destaque: “Parabéns, você tem um dos principais apps regionais do Brasil!”. O encontro no Rio de Janeiro, o “Machine Experience”, vai reunir os 30 maiores aplicativos do Brasil da Machine Global. No ranking, de três mil empresas, o TOINDO é sétimo do Brasil. Fernando comanda o aplicativo que, em quatro anos, após o lançamento em Fernandópolis, já está presente em quatro estados, 140 cidades, gera dois mil postos de trabalho e despacha 100 mil corridas por mês. “Não fosse a pandemia estaríamos muito maiores, com respeito, sem ganância para com nossos motoristas parceiros e passageiros. Se as estrelas forem o limite nós vamos chegar lá”, cravou nesta entrevista à Rádio Difusora e ao jornal CIDADÃO. Leia:

A Machine Global que tem 3 mil empresas que utilizam aplicativo de mobilidade urbana colocou a empresa TOINDO de Fernandópolis entre os 10 maiores do Brasil. Imaginava estar no top 10 das empresas no Brasil?
De jeito nenhum. A ideia inicial nasceu de quase um divórcio (risos). Eu e minha esposa (Glenda Scandiuzi) viajamos para Camboriú depois de uma campanha eleitoral na gráfica Ferjal que foi uma loucura. A viagem era para descansar. Conhecemos em Camboriú o aplicativo Uber, que hoje é referência no Brasil, tanto que aqui e em outras cidades o pessoal insiste em chamar o TOINDO de Uber.  Entrei no carro e já falei para o motorista ‘como é que eu levo isso para minha cidade’. Já veio a bronca que estava procurando dor de cabeça. A ideia, lá atrás, era apenas Fernandópolis. Não esperava ter a proporção que teve. 

O TOINDO hoje acumula números superlativos?
Exatamente. Hoje estamos em quatro estados (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul). A gente está em 140 cidades, com quase 100 mil corridas por mês e trabalhando com cerca de 2 mil motoristas. Esses números conquistados pela política da empresa que é valorizar os motoristas parceiros, sem ganância. Isso agrada o motorista que ganha dinheiro e disponibilizamos um serviço barato para o passageiro. Isso fez a diferença entre os aplicativos. Então podemos dizer que geramos dois mil postos de trabalho com muito orgulho. Então quando a nossa desenvolvedora, a Machine Global, nos convida para participar no Rio de Janeiro da primeira edição da Machine Experience, que reunirá as 30 maiores das 3 mil empresas que utilizam essa plataforma, nos enche de orgulho. E tivemos a alegria de sermos a sétima maior empresa nesse grupo. Por isso, agradecemos a toda equipe, motoristas, passageiros, minha família e principalmente a Deus que nos possibilitou alcançar essa marca.

"O TOINDO está em quatro estados, em 140 cidades, com quase 100 mil corridas por mês e trabalhando com cerca de 2 mil motoristas"

A rotatividade entre os motoristas é grande ou você consegue ter uma fidelização desses profissionais?
Tem motorista que está conosco desde o início. Temos motorista que transformou o que seria, em tese, um complemento de renda, em fonte de renda mesmo. Quando falamos da rentabilidade do serviço, muitos se espantam. No nosso aplicativo, o motorista nos paga 1 real por corrida, independentemente do valor que dê a corrida para o passageiro. Só altera um pouco o valor quando passa de 50 reais. Tem motorista no TOINDO tirando entre 13 e 14 mil reais por mês. Só que exige esforço, temos motoristas que viram noite, nas festas não param, vão até 9 horas da manhã, atendendo essa população que não tinha essa opção de transporte no passado. E olha que bacana, hoje temos muito taxistas que rodam com a gente, porque é interessante, é diferente de outras empresas que cobram 15%, 30% de comissão ou até mais. Então o TOINDO cresceu porque é um serviço bom para todos. 

Como surgiu essa marca TOINDO?
Surgiu de uma brincadeira. Na hora da escolha do nome, tentamos várias opções, nomes lindos, que não deram certo. Com o prazo terminando para o registro jogamos o TOINDO, tudo emendado. Deu certo. De uma brincadeira virou uma marca forte, registrada. Já tentaram registrar essa marca, mas conseguimos derrubar. Chegamos primeiro. Engraçado, que em outros lugares as pessoas chamam o aplicativo de TID, que é a abreviatura de TOINDO. Quando chega gente de fora e pergunta se aqui tem Uber, a resposta é rápida, ‘aqui tem TOINDO’. No começo o pessoal chamava de Uber caipira, como aconteceu  no primeiro OBA em Votuporanga. A marca TOINDO pegou...

O que a Machine levou em conta para colocar o TOINDO entre os 10 aplicativos de mobilidade do Brasil?
Número de corridas, o tamanho e a credibilidade que o aplicativo passa para as pessoas da região. A Machine é a plataforma que foi desenvolvida para os grandes centros para disputar com Uber, com 99, em São Paulo, no Rio. Aí de repente aparece um caipira do interior de São Paulo que faz o negócio estourar. Os CEOs da Machine vieram aqui duas vezes, no primeiro ano e agora, no pós pandemia, 14 pessoas saíram do Rio de Janeiro, do setor operacional, para entender o que a gente estava fazendo e o que precisava para crescer ainda mais e chegar nos grandes centros. Ficaram aqui uma semana e foi muito produtivo. Hoje o que define estarmos entre os 10 do Brasil é o volume de corridas. 

"A edição da Machine Experience reunirá no Rio de Janeiro as 30 maiores das 3 mil empresas que utilizam essa plataforma, entre elas o TOINDO"

O que é esse evento que vai ocorrer no Rio?
A Machine é uma desenvolvedora de aplicativos. Todo mundo pode ter um aplicativo, mas ter uma marca sólida é bem diferente, demanda tempo, trabalho e investimento. Estamos trabalhando para avançar, quem sabe, chegar a nível Brasil. Então, a Machine desenvolve aplicativos e nós adquirimos um projeto e não apenas o aplicativo em si. Vestimos a camisa e está dando certo. Hoje a Machine tem quase 3 mil empresas (aplicativo) no Brasil. O Machine Experience vai reunir os 30 maiores clientes deles em volume de corrida para um evento no Rio de Janeiro em outubro. A gente acha que é grande, mas tem gente muito maior. Somos o sétimo colocado. Despachamos quase 100 mil corridas por mês. Entre 3 mil empresas ser o sétimo, é um grande feito. Receber o convite para participar desse evento, é um grande orgulho, estar nesse grupo, para uma troca de experiência também. Isso não tem preço.

Aonde quer chegar?
Se o céu é o limite, nas estrelas. A cidade que quiser levar o TOINDO estamos abertos. Não vendemos franquia, não temos intenção de franquear a marca. Algumas experiências não foram boas e por isso queremos estar à frente para que seja bom para o motorista e para o passageiro. Se as estrelas forem o limite nós vamos chegar lá.

Várias cidades regulamentaram o serviço. Por que Fernandópolis ainda não?
É difícil falar. Nós geramos muito imposto para a cidade e os motoristas deveriam estar sendo olhados com mais respeito. Hoje está cheio de clandestino por aí que usa inclusive a marca TOINDO. Tinha que ter uma regulamentação séria, honesta, com esses motoristas. Hoje nós temos cidades como Votuporanga, Rio Preto regulamentado, Frutal está regulamentando, Iturama já conversa e aqui não. Existe a demanda de uma regulamentação, mas que venha acompanhada de fiscalização. Sou completamente a favor da regulamentação e da fiscalização. 

"Nós geramos muito imposto para a cidade e os motoristas deveriam estar sendo olhados com mais respeito"

Para evitar motorista clandestino, a dica é fazer a chamada pelo aplicativo?
Isso é também uma questão de segurança. Sim, porque as rotas são monitoradas, com foco na segurança do motorista e do passageiro. No aplicativo, o passageiro consegue, antes de entrar no carro, simular o valor da corrida. A menos que ele altere a rota e peça para passar em outro lugar, o passageiro sabe o valor da corrida. Tem um problema que está acontecendo de motorista ficar defronte à rodoviária. Eu proibi motoristas do TOINDO de ficarem  ali. Aquele é um espaço que foi uma concessão do município para os taxistas que pagam impostos. Tem motorista clandestino que fica ali inclusive oferecendo corrida aos berros e isso já gerou confusão. A regulamentação do serviço aqui é necessária. 

O que você presa e exige do motorista que entra na plataforma?
Respeito, educação, documentação, dele e do veículo, em dia. A legislação federal eu sigo de cima embaixo, exigindo veículos com idade inferior a 10 anos. Entrar no TOINDO é fácil, ficar é mais difícil. Quem vai determinar se o motorista segue ou não é o passageiro. Eu não exijo nada, quem exige é o passageiro. Agora, o carro limpo, o troco certo para o passageiro, é básico. Cumpriu isso, ele vai ganhar dinheiro. A nossa nota de corte é alta para manter o padrão de qualidade. 

Já há discussão hoje em relação a transportar pet nos carros. E isso gera polêmica entre motoristas e passageiros. Como lidam com essa questão aqui?
Nós temos algumas ferramentas que diferenciam o nosso serviço. No aplicativo  passageiro tem opções de escolher, por exemplo, o motorista que aceita animal, carro com porta mala grande, ou com sete lugares. A gente tinha opção inclusive para pedir motorista mulher (em algumas cidades ainda tem), mas aqui tivemos que tirar por conta da demanda e do número de motoristas mulher que temos. A opção é voltada para uma mulher atender outra mulher. Já tivemos problemas de assédio, sim.  A partir do momento que chega uma reclamação de assédio, o motorista é excluído imediatamente. Não aceitamos isso. Não tem negociação neste quesito. Respeito é tudo. 

Como faz para entrar como motorista do TOINDO?
Existe uma fila de espera e há todo um critério para o motorista ingressar no aplicativo. O primeiro passo é ele baixar o aplicativo (www.apptoindo.com.br) do motorista e se cadastrar diretamente nele. Pode chamar também o suporte pelo WatsApp (17-3465-9191). Logo também teremos o 0800 para esse suporte. O tamanho do TOINDO já está exigindo que ingressemos em novas fases. Tanto que já temos motoristas prestando serviço em cidades como São Paulo, Campinas, Atibaia. Isso exige mudança no padrão e as ferramentas também vão mudando de agora para frente.

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