Caderno Viva



Hoje é terça-feira, 26 de maio. Depois de assistir de perto as comemorações alusivas aos 76 anos de Fernandópolis, completados no último dia 22, é impossível não chegar a uma conclusão: a prefeita, mais uma vez, perdeu uma grande oportunidade.

A agenda, sem nenhuma inauguração nem ato solene, e restrita a cinco itens, fora anexo, denominado de “entrega para a população”, frustrou até os mais otimistas.

Aí, é que vem a dúvida: a falta de um olhar mais carinhoso, digamos assim, para os festejos e feitos da administração seria responsabilidade de uma assessoria desestimulada ou ordem da prefeita em não fazer muito alarde daquilo que poderia sim, com um olhar criativo e perspicaz transformar o mês de aniversário em verdadeiro catalogo de realizações da administração até agora?

Por que não inaugurar com ato solene, na companhia dos vereadores e com a presença de convidados a iluminação do prolongamento da Avenida Raul Gonçalves ? Por que não inaugurar os semáforos, que foram colocados recentemente em pontos estratégicos de Fernandópolis e que eram suplicados pela população há tanto tempo? Com eles, mais segurança para a população, com certeza. Está aí, meus amigos, o exemplo de mais um item que poderia ser intitulado de “Cuidando e preservando a vida dos munícipes”, já que agora virou moda dar título aspeado pra tudo.

Poxa, gente, faltou também uma visita, com a presença da imprensa a UPA, uma obra de encher os olhos. A população está contente com ela. Infelizmente, não deu para inaugurar por conta da morosidade na realização do lançamento do edital para a contratação dos funcionários e compra do mobiliário. Uma pena! Mas visita dava pra fazer.

Com a falta de inaugurações, a festa de aniversário teve bolo, enorme por sinal. Fazia tempo que eu não via tanta gente na praça. A população se esbaldou de tanto bolo.

Tanta gente assim, só no recinto de exposições da cidade, que mesmo sem constar na programação de aniversário, teve portões abertos para receber a população no dia 22. A festa de aniversário, além de bolo, também teve música, e de qualidade: fruto do contrato de terceirização do recinto, que prevê portões abertos e show de graça para a população no dia de aniversário da cidade.

Mas é preciso ser justo. A administração atual tem feito sim, e muito se analisarmos a real situação que vivemos hoje. Todo mundo já está cansado de saber da dívida deixada pela administração passada, a dificuldade em obter verbas e arcar com as contrapartidas. Não está fácil para ninguém. Mesmo com o estilo marrenta de ser, a prefeita tem se esforçado, ao seu modo, mas tem. O problema é que, conforme diz o ditado: “o que os olhos não veem o coração não sente”. Tá faltando divulgação, tá faltando diálogo com a população.

Desse jeito, cara prefeita, fica difícil afastar os pessimistas de plantão, como a senhora mesmo disse em discurso na praça, na última sexta-feira. Sem argumentos, não há defesa. A população bem que tem tentado, mas falta-lhe munição em forma de informação. É uma pena!