Caderno Viva



Chega uma hora que não dá para ficar quieto. O inconformismo fala mais alto e a gente tem que colocar para  fora, de alguma forma, como bronca, indignação, um manifesto até.

Uma notícia veiculada, com exclusividade no jornal CIDADÃO deste final de semana, me deixou perplexa. Agora, é demais!

Olha minha gente, já perdemos muito. A cidade já ficou sentada, esperando a banda passar por muitas vezes. Das vezes em que o cavalo passou arriado, então, nem se fala. Mas, agora não vai dar para engolir, não!

Então quer dizer que vamos ficar sem auxiliar de necropsia ( autópsia  ) por algum tempo?                Que se perdermos um fernandopolense em circunstâncias que venham a exigir a intervenção do Instituto Médico Legal para uma necropsia, o corpo terá que ser removido para São José do Rio Preto? Aí, o que ouvimos das autoridades competentes é, pasmem, que a situação é passageira, que a prefeitura vai arcar com o traslado do corpo, e só! Quanta insensibilidade, povo de Fernandópolis.

Até quando vamos perder? Até quando vamos ficar calados diante de barbaridades como essa. Porque para mim, isso é um absurdo. Um desrespeito à população.

Tão absurdo como quando temos que viajar até Cardoso para conseguir  do governo um remédio oftalmológico, para o glaucoma, por exemplo. Quando temos também que viajar a Votuporanga e outras cidades para realizar exames, cuidar da saúde. Tudo bem, que o Governo entenda que essa seja a melhor solução, até de logística, talvez!

Eu quero ver o que vai acontecer, e tomara que não aconteça, diga-se de passagem, se alguém ou parente de alguém importante morra nesse meio tempo, e dependa dos serviços do IML. Que a família dessa pessoa tenha que passar pelo que a família do saudoso Paulinho da Prefeitura passou, ou seja, esperar por mais de 12 horas para poder velar o corpo. Agora, a falta de um auxiliar de necropsia vai nos colocar de joelhos, mais uma vez?

O mais espantoso disso tudo é que durante o final de semana muita coisa aconteceu. A notícia da insolvência da FEF caso não haja acordo trabalhista repercutiu muito. Só não mais que a panfletagem apócrifa denegrindo a imagem de um vereador da cidade.

 

Das duas, uma. Ou essa panfletagem veio para tirar o foco que alguma coisa cabeluda que está por vir, ou já estamos às vésperas das eleições e nem percebemos.

É minha gente, povo de Fernandópolis, tivemos neste final de semana, um aperitivo do que nos espera no próximo ano, quando estiverem definidos os candidatos a prefeito de Fernandópolis.

Se falou muito pouco da falta de um auxiliar de necropsia e transtornos e humilhações que vamos passar daqui para frente. Não gosto nem de pensar! Pelo jeito, os valores estão invertidos mesmo.

 

Coitada de nossa cidade, coitados de nós! É de dar pena, é de dar dó!