Caderno Viva

“A Cela” sai do teatro para o palco Chalé Acústico no próximo dia 16



“A Cela” sai do teatro para o palco Chalé Acústico no próximo dia 16

A Ciatria, companhia de teatro genuinamente fernandopolense, irá apresentar uma de suas peças longe dos palcos do Teatro Municipal. O espetáculo "A cela", um drama que retrata os conflitos internos de indivíduos fadados aos seus problemas sociais e psicológicos, será apresentado no próximo dia 16, com sessões as 16h e às 20h, no Chalé Acústico. Os ingressos antecipados estão sendo vendidos a R$ 10.

Tendo a depressão como o fio condutor da narrativa, são retratadas situações que permeiam por espaços críticos e delicados, ilustrando a solidão, a ansiedade, a depressão pós-parto e a religião.

“É um dos espetáculos mais importantes que fiz nesses meus onze anos trabalhando com teatro em Fernandópolis e sem dúvida, o mais difícil, seja pelo tema, como pela dramaticidade das personagens e toda sua construção, até pelo fato de que dessa vez estamos levando o público para um outro espaço de encenação, vão ter uma outra experiência, um novo contato. A ideia de apresentar um teatro no Chalé, possibilita uma nova forma de contar a história, de poder levar nossa plateia para outras dimensões e criar uma dinâmica diferente, além de contar com a estrutura incrível e o cenário que a casa de shows nos proporciona já por si só”, disse Leandro Vieira, autor e diretor da peça.

Image alt

Leandro conta que sempre foi amante da comédia e por muitas vezes foi o estilo de peça que mais apresentou na cidade, mas ele acabou sentindo uma boa recepção dos fernandopolenses com os textos mais dramáticos que havia trazido e entendeu a importância de contar histórias com assuntos mais sérios e de abordar questões que precisariam ser discutidas.“Já tratei em meus textos ao longo desses anos a corrupção na igreja, corrupção na política, abandono e maus tratos ao idoso, bullying, censura, solidão, sentimento de posse, violência contra a mulher, homofobia, crise existencial, dentre diversos assuntos e agora venho para tratar em especial sobre a depressão, considerada a doença do século. É preciso retratar esse problema e o colocar em um outro lugar de discussão, levantar a bandeira e conscientizar cada vez mais sobre a gravidade do assunto, o que para muitos, ainda é levado de forma banal”, completou.

Ainda segundo o artista o resultado do trabalho nos bastidores tem sido muito positivo. “Está ficando um trabalho muito bonito, sensível, que precisa ser visto. Tenho no elenco o Gilberto e a Maria Luzia com seus 70 anos, tenho a Renata e a Suelen com os seus depois dos 30, os integrantes que variam de quinze aos seus vinte e quatro anos, até chegar na pequena Beatriz, de cinco aninhos e que para mim, essa questão da idade é muito significativa dentro dos meus espetáculos, pois são pessoas em suas diferentes fases da vida ajudando a contar aquela história e isso chega para o público de uma forma mais intensa, além da troca de experiência que existe entre o elenco”, concluiu Leandro.