Caderno Viva

Amor sem limites



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Ser pai, certamente, é um dos grandes desafios para um homem. Porém, Pedro Donizete Cassiano Rosa, foi surpreendido pela esposa Elen de Freitas Costa com o desejo da adoção. Até que esse desejo se tornasse realidade, eles tiveram o primeiro filho, o Augusto, que hoje tem 11 anos de idade. “Ter um filho adotivo já era esperado. Porém, não era um sonho meu, sempre foi da Elen, mas nunca imaginamos que íamos adotar um bebê com paralisia cerebral”, conta Pedro.
Sim, durante o processo de adoção os pais foram convidados a conhecerem o Pedrinho, que hoje tem 9 anos, que nasceu com paralisia cerebral e Pedro confessa que questionou a esposa sobre a possível adoção. “Quando conheci o Pedrinho no hospital, perguntei se ela tinha certeza se realmente queria adotar ele, porque era a vida dela que mudaria porque ia ter que cuidar dele e não sabia quando voltaria a trabalhar, até hoje ela continua em casa, porque o Pedrinho depende da gente pra tudo”, lembra o pai.
Mas jamais imaginou o quanto o Pedrinho poderia ensinar a ele. “Pedrinho mudou e muda a vida de todo mundo, ele luta todos os dias para continuar vivo, me fez valorizar mais a vida. Eu faço o que posso para dar a eles o melhor e não posso deixar de agradecer a ajuda que sempre recebemos”.
O paizão revela que vive duas realidades completamente diferentes como pai e que todos os dias aprende com eles. “Entre decidir se o Augusto pode ou não pode usar celular, jogos de vídeo game, atividades escolares, existe o mundo do Pedrinho com os médicos, exames, remédios, terapias, aparelho de oxigênio e de aspiração. Só que o Pedrinho veio para ensinar. Todos os dias eu vejo ele lutar para viver, eu vejo ele sorrir mesmo quando não está bem. E isso ajuda o Augusto a ser melhor”.
Sobre a relação com os filhos, Pedro diz que com o Augusto costuma ir pescar as vezes e acampar perto do rio ao menos uma vez no ano. Também costumam andar de bicicleta e ir comer pastel na feira quase todo domingo. “Com o Pedrinho fico sozinho no máximo umas duas horas, ele precisa de cuidados especiais que confesso não ter coragem de fazer, ajudo no que posso. O Augusto está chegando na adolescência já não me segue onde vou, é preciso paciência (como diz a mãe dele) para poder dialogar. O Pedrinho é o contrário, quer sempre atenção, tem o sorriso mais fácil e mais sincero”, descreve.
Pedro revela que a paternidade o ensinou muito sobre a vida. “Que a responsabilidade sobre outra vida é muito grande, admiro ainda muito mais os meus pais que com tão pouco souberam educar e criar quatro filhos. E do meu jeito simples, vou tentando ensinar os valores que aprendi e lutando para ser um bom pai”, completa.

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