A mordida cruzada posterior ocorre quando um ou mais dentes da arcada superior ao fechar mordem por dentro dos dentes da arcada inferior. As mordidas cruzadas posteriores são alterações transversais das arcadas dentárias. De cada 10 pessoas com maloclusao, 2 possuem mordida cruzada. Sua origem pode ser esquelética, quando o tamanho transverso da maxila e mandíbula estão desproporcionais entre si ou dentária quando a posição ou forma dentária causa a mordida cruzada. Alguns fatores favorecem o surgimento da mordida cruzada como, anomalias ósseas congênitas, respiração bucal, maus hábitos (uso de chupetas, morder a tampa de caneta), hábitos posturais incorretos (dormir em cima do braço), perda precoce ou retenção prolongada dos dentes de leite, migração do germe do dente permanente, discrepância entre o tamanho do dente e o comprimento do arco, fissuras palatina e outros.
O tratamento deve ocorrer o mais precoce possível, preferencialmente aos 7 anos, dependendo da maturidade e colaboração do paciente pode ser feito até os 12 anos. Após essa idade o tratamento torna-se mais complexo, sendo necessário as vezes expansores associado a cirurgia. O descruzamento da mordida é realizado de diversas formas, com expansores fixos, expansores moveis, elásticos intermaxilares, mecânica ortodontica e até cirurgicamente dependendo da idade e insucesso dos métodos anteriores.
As consequências da mordida cruzadas são dor, mobilidade, recessão gengival e até a perda de dentes devido a traumas oclusais; desenvolvimento inadequado das estruturas faciais (assimetrias) ou seja um lado da face apresenta um crescimento diferente do outro e também podem desencadear problemas articulares Dtm.