Caderno Viva

De olhos bem abertos



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Como está a saúde dos seus olhos? Amanhã, 10, é celebrado o dia da saúde ocular, uma data que tem como objetivo alertar as pessoas sobre a importância da prevenção e, principalmente, o diagnóstico de doenças oculares que, se não forem tratadas podem levar a perda da visão. 
Segundo o médico oftalmologista Gustavo Almeida de Oliveira, as causas mais comuns de doenças oculares estão relacionadas a graus de óculos, a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. “Outras alterações de doenças oculares que podem acontecer é o caso da catarata que é o envelhecimento do cristalino, terçol, conjuntivite, presbiopia, retinopatia diabética e glaucoma”.
De acordo com o médico, alguns sintomas devem servir de sinais de alerta para o surgimento de alguma doença ocular como: visão embaçada, tremor nos olhos, dificuldade de se adaptar à luz, olhos vermelhos ou lacrimejando. “Esses são sinais de que algumas alterações oculares estão ocorrendo e que devem investigadas”.
Entre as doenças mais comuns, estão: o glaucoma, que é o aumento da pressão do olho e a retinopatia diabética que são alterações na retina devido ao diabetes descontrolado durante anos. Segundo o oftalmologista, ambas, se não tratadas podem progredir e levar o paciente à cegueira. Por isso, necessitam de acompanhamento mais rigoroso com o especialista.
Nos últimos dois anos e meio, em decorrência da pandemia do coronavírus, pacientes deixaram de fazer exames e, até mesmo, consultas eletivas, o que pode ter prejudicado o tratamento de algumas doenças. “O Conselho Brasileiro de Oftalmologia não tem nenhum dado oficial sobre o período. Porém, o que a gente observa é que devido os cancelamentos de exames e consultas eletivas muitos pacientes deixaram de acompanhar suas doenças oculares durante esse período. Uma delas, que vou dar como exemplo, que é importante acompanhar com uma certa rotina a cada três meses, seriam os pacientes com glaucoma. Embora não temos nenhum tipo de dados em relação a isso no momento, a gente observa que esses pacientes foram prejudicados nesse período”, explica o médico.
Além de consultar regularmente com seu médico oftalmologista como uma forma de prevenir e diagnosticar alterações oculares, Gustavo recomenda alguns cuidados para manter a saúde dos seus olhos em dia como: evitar coçar, cuidado com os produtos utilizados próximo aos olhos como a maquiagem, usar óculos solar para proteger os olhos contra os raios solares UVA/UVB, não usar colírio sem orientação médica oftalmológica, ter higiene ao usar e manusear as lentes de contato, não usar óculos de grau de outras pessoas, ter uma boa alimentação e ter bons hábitos noturnos de sono e consultar seu oftalmologista anualmente como uma forma de prevenir e diagnosticar alterações oculares no início. 
CRIANÇAS
Os cuidados oftalmológicos com os bebês começam ainda no berçário, quando ele é submetido ao teste do olhinho, feito pelo pediatra com o objetivo de identificar casos precoces de cegueira, catarata congênita, retinoblastoma e outras alterações visuais. “Se o pediatra ver alguma alteração no exame do olhinho da criança ele deve encaminhar imediatamente ao oftalmo. Senão, a partir dos 3 a 4 anos, é recomendado iniciar o acompanhamento com o especialista, pois já é possível realizar um exame mais preciso e minucioso”.
Sobre a polêmica da exposição dos bebês e crianças às telas de celulares e tabletes, o médico recomenda que devem ser evitadas e deve haver o controle dos pais. “A Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma norma com a recomendação do tempo de uso de celular para a criança. De 0 a 2 anos de idade, deve ser zero, ou seja, a criança não deve usar os celulares, por exemplo; de 2 aos 5 anos, o recomendado é um período em torno de 30 minutos à uma hora por dia; e de 5 aos 12 anos, no máximo duas horas diárias. A exposição excessiva de telas como tabletes e celulares, podem gerar algumas alterações nos olhos das crianças entre elas o aumento da miopia de uma forma mais acelerada”, orienta Gustavo.