Jesus, sua mãe e os discípulos foram convidados para uma festa de casamento, que era celebrada com grande alegria durante oito dias. Da festa participavam parentes, amigos do noivo e da noiva e os que queriam. Havia abundância de comida e bebida. No desenrolar da festa acontece um fato delicado, o vinho estava acabando colocando em risco a animação, a festa.
A mãe de Jesus percebe o fato, e se dirige ao filho, chamando a atenção para a falta de vinho. Jesus responde que a sua hora ainda não chegou. O tempo de Jesus é totalmente diferente das outras pessoas. Ele age de dentro para fora, e o que deve fazer ninguém precisa dizer-lhe, nem mesmo a sua mãe. Cristo sabe exatamente qual é a sua hora, o momento de agir que tem origem na vontade do Pai.
Na casa dos noivos havia seis talhas destinadas as purificações dos judeus e que comportavam cada uma 100 litros de água, perfazendo um total de 600 litros. Jesus ordena que encham as talhas até às bordas. Em seguida manda levar ao responsável pela festa, que provando a água transformada em vinho não sabia a origem do mesmo, pois era de melhor qualidade que o que estava sendo servido até àquele momento.
O milagre da água transformada em vinho é o primeiro sinal, manifestação de Jesus, o início dos tempos messiânicos, tempo da presença intensa de Deus, da passagem do velho para o novo.
O sentido cristológico do texto é apresentar Jesus como o doador da salvação e de quem depende a salvação. O começo do tempo da salvação se dá com a vinda de Jesus, a grande novidade. A festa de casamento, o noivado, a alegria, o canto, a dança, o banquete, tudo é comemorado como a festa do amor, da continuação da espécie, festa da família e da sociedade, festa cósmica, abrangendo o céu e a terra.
A abundância de vinho é sinal da inauguração de um tempo novo, a hora de Jesus, que começa nas bodas de Caná e vai se realizar plenamente na cruz, que é a hora suprema da sua glorificação e na qual se entrega para a salvação da humanidade. Na realidade da nova aliança se destaca o papel de Maria como intercessora. Deus escolheu uma mãe para Jesus e na cruz Ele a ofereceu como mãe para toda humanidade. Neste Domingo, doze de Outubro, celebramos o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rainha e padroeira do Brasil. Supliquemos a nossa mãe querida que interceda a Deus por nós. Acolhamos com gratidão a salvação que Deus oferece na pessoa de Jesus. Jesus manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele. Que nós também possamos dar essa resposta de fé. Amém. Assim Seja!
