Caderno Viva

Osteoporose



A osteoporose é a doença metabólica óssea mais comum, decorrente de uma perda acentuada da massa óssea , junto com alterações da microarquitetura do tecido ósseo, levando a uma fragilidade aumentada e, consequentemente, a um aumento do risco de fratura. Aos componentes hereditários de aquisição e perda óssea se associam vários fatores ambientais que atuam no tecido ósseo, direta ou indiretamente, favorecendo o trauma, como por exemplo, a predisposição as quedas ao solo. A osteoporose é mais frequente nas mulheres, pois elas adquirem menor massa óssea do que os homens e também têm uma maior perda óssea  devido a menopausa. Considerando que a massa óssea é o principal fator da resistência óssea, a Organização Mundial de Saúde adotou uma definição pratica de osteoporose, fundamentada nas medidas da densitometria óssea.

As osteoporoses secundárias acometem cerca de 20% das mulheres pós-menopáusicas com osteoporose, sendo, entretanto, mais frequentes nas pacientes mais jovens  ou nos homens. Portanto, a osteoporose deve ser abordada como uma síndrome, devido aos seus múltiplos fatores causais.

Na maioria das vezes, a perda óssea da osteoporose não ocasiona sintomas. A dor óssea pode ocorrer como consequência das fraturas ou deformidades, como a cifose. As dores das fraturas osteoporóticas podem ter pouca intensidade e duração, como a maioria das que ocorrem na coluna vertebral, ou podem estar associadas à grande morbi-mortalidade, como nas fraturas do fêmur proximal. A principal manifestação clínica da osteoporose é a fratura por fragilidade, que geralmente resulta de traumas leves e que, mais tipicamente, ocorre no antebraço distal, na coluna vertebral e no fêmur proximal.

Fatores de risco para osteoporose:  Idade, amenorreia(falta da menstruação) primária (p. ex., síndrome de Turner), amenorreia secundaria( p. ex., atletas com exercícios estenuantes, anorexia nervosa-  desnutrição patológica, prolactinoma- tumor na hipófise), ciclos menstruais anovulatórios, menopausa prematura, nuliparidade, imobilização prolongada, raça- brancos e amarelos, tabagismo, etilismo, sedentarismo, fatores nutricionais (baixa ingestão de cálcio; ingestão excessiva de cafeína , proteínas  ou sal), drogas (corticosteroides, anticonvulsivantes, heparina e tiroxina), baixo índice de massa corporal, historia familiar de osteoporose, baixa estatura e ossos pequenos, fragilidade óssea previa (fraturas).

Primeiramente, seu médico deve dirigir à avaliação das patologias que causam perda óssea e osteopenia e também  analisar os possíveis distúrbios do metabolismo mineral que contribuem para a perda de massa óssea .As medidas séricas de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, proteinograma, hemograma, VHS e TSH e realização de exames comum de urina, bem como a medida da calciúria de 24 horas estão indicados em todos os pacientes com osteopenia ou osteoporose na densitometria óssea.  A medida do hormônio da paratireoide é útil em pacientes com suspeita de hiperparatireoidismo primário. O rastreamento da síndrome de Cushing e outras doenças específicas, somente esta indicado em pacientes com suspeita clinica. Nas pacientes pré-menopausadas  e nos homens é importante a determinação da  prolactina, das gonadotrofinas e dos níveis dos esteroides sexuais pertinentes.

A Fundação Nacional Americana de Osteoporose recomenda uma medida da Densitometria Óssea  para as mulheres na pós-menopausa, com fator de risco para fraturas por fragilidade ou para todos após os 65 anos. A mesma organização também recomenda uma medida da DO nos indivíduos com osteopenia ao raio x ou deformidade vertebral, com perda de altura ou cifose torácica, com fratura de baixo trauma, terapia prolongada com corticosteróides, hipogonadismo em ambos os sexos, doenças associadas à osteoporose (hipertireoidismo e hiperparatireoidismo), história materna de fratura de fêmur, baixo ICM (<19Kg/m2) e baixa ingestão de cálcio.

Você, que se encontra dentro dos fatores de risco ou nas recomendações acima padronizadas, procure um médico especialista para melhor avaliá-lo.